Praga, 2ª parte
No terceiro dia em Praga,
tomamos o café da manhã e seguimos em direção à Ponte Carlos (que ficava a 5
minutos do hotel). Após alguns minutos de caminhada, chegamos na rua
Nerudova - o nome foi dado em homenagem ao escritor Jan Neruda. O
curioso é que o poeta chileno Pablo Neruda utilizava tal pseudônimo em
homenagem ao Jan, pois nasceu Neftali Ricardo – sobre a alcunha de Neruda,
soube a origem na sua casa de Santiago, La Chascona.
Assim que subimos a rua que dá acesso ao Castelo dePraga, pudemos
observar a paisagem pictórica da cidade. É o maior castelo do mundo, pois, além
de ser a sede da presidência (antigamente dos reis), comporta diversos prédios:
igreja, museu, convento. Existem algumas opções de tíquetes, dependendo das
construções que pretende visitar. Comprei o bilhete que dava acesso às
principais atrações e custou 350 coroas.
A primeira visita foi na Catedral
de São Vitu, que é a maior igreja da República Tcheca, construída no estilo
gótico, iniciada em 1344, mas só finalizada em 1929. É interessante observar os
elementos característicos da arquitetura gótica: as rosáceas e os vitrais, a
planta em cruz latina, as abóbadas em formato ogival.
Atrás da catedral, encontramos a Igreja
de São Jorge, construída em 920, que é o edifício religioso mais antigo do
país e fica dentro do Castelo de Praga. A igreja, com o decorrer do tempo,
sofreu diversas adições em sua arquitetura.
Observamos algumas construções
que remontam a época em que o castelo foi construído, com reproduções dos
ambientes como farmácia. Também é possível visitar um ambiente com armaduras
utilizadas no período medieval.
A caminhada de retorno foi
exaustiva e paramos na rua para comer um cachorro-quente com salsicha branca da
Baviera e foi o melhor que já comi na vida – minha opinião pode ter sido
influenciada pela fome. Após a sesta, seguimos para conhecer uma “Absinteria”.
O absinto (também
conhecido como “a fada verde”) foi, por muitos anos, uma bebida proibida em
razão do suposto efeito alucinógeno advindo da erva losna, mas principalmente
por seu teor alcoólico, que pode chegar a 90% (observei no mercado rótulos com
70%, 80%). Foi muito popular na França, embora tenha sido criada na Suíça. No
Brasil, a bebida só é permitida se tiver o teor máximo de 54%. Na “Absintherie”,
os célebres apreciadores da bebida eram exaltados: Wilde, Van Gogh, Dalí, entre
outros. Tinha um menu com várias bebidas feitas com absinto, mas escolhi um
tipo de pina colada, que estava muito amarga e detestei. A bebida do meu amigo,
feita com maçã, estava uma delícia, bem doce e suave.
Na saída da Absintherie, resolvi
experimentar o pirulito de maconha, vendido em qualquer mercadinho.
Gostei do sabor, mas não tem qualquer efeito alucinógeno.
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Em Praga tem muito artesanato em vidro |
No dia seguinte, o quarto dia em
Praga, era meu aniversário, no ano anterior passei no Deserto do Saara! Não
tinha um roteiro específico, então caminhamos por 15 minutos para ver a “Casadançante”, que é um pilar da arquitetura moderna de Praga. A construção foi finalizada em 1996, projeto de autoria de Vlado Milunić e Frank Gehry.
No caminho, é possível apreciar uma paisagem deslumbrante que remete Amsterdã.
Nas margens do Rio Moldava tem um barco-rastaurante e um barco-hotel. Lindas
casas coloridas refletiam na água e o sol finalmente brilhava.
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A casa dançante |
Fizemos uma longa caminhada até o
“Labirinto dos espelhos”. É realmente distante! Caminhamos até o início
do Monte Petrín, pois o mapa mostrava que havia um funicular (trem) para
subir o monte, mas, naquele dia estava fechado! Olhamos e refletimos se seria
possível chegar no destino caminhando, pois avistamos uma grande muralha.
Decidimos subir. O caminho é lindo e pouco turístico. Muitos moradores
aproveitavam o sol para fazer piquenique, caminhada e andar de bicicleta.
Pensamos em desistir em alguns momentos, mas, após persistirmos, chegamos no
topo. A vista foi um prêmio para o esforço. Pagamos 90 coroas para entrar e nos
divertimos muito. Rimos como crianças com as deformações causadas pelos
reflexos. No alto do monte Petrín tem uma Torre de Observação e o Jardim Vrtba.
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Labirinto dos espelhos |
Na descida, escolhemos um
restaurante aleatoriamente e entramos no U
Kříže. A comida era deliciosa, com excelente strudel com sorvete e vinho
por apenas R$35. Praga é uma cidade que permite ao turista comer bem e barato.
Na saída, passamos no mercado para comprarmos lanches.
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O hotel deixou os cumprimentos e um vinho! |
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A República Tcheca é o país que mais consome cerveja no mundo! |
No dia
seguinte, acordamos cedo, pois já havia agendado o transfer, como comentei no
primeiro post, no site http://prague-airport-transfers.co.uk/,
em português, sem a necessidade de pagamento antecipado. O serviço é ótimo e
pontual. Recomendo. Do aeroporto até o hotel custou 22 euros e do hotel à
estação de trem, 14.
A principal estação de trem em
Praga é a Hlavni Nadrazi ou HL. N. A passagem para Viena foi comprada no site https://www.cd.cz. Custou apenas 19 euros! Dentro
da estação tem um grande mercado - aproveitei para comprar um sanduíche natural
e um chá. Houve um fato cômico quando meu amigo tentou trocar suas últimas
coroas por euros. A atendente quis dar uma lição e disse “First you have to say
‘hello’”, pois apenas tinha pedido para fazer o câmbio, todavia, não era
problema com polidez, mas com o idioma.
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