2 dias em Viena
Foi a minha primeira viagem de trem entre dois países (antes só tinha andado dentro de um mesmo país) e recomendo, pois, além da estação ferroviária ficar sempre mais próxima que o aeroporto, você não precisa chegar com tanta antecedência, além de não passar por qualquer controle de imigração. A passagem de trem, saindo de Praga com destino a Viena, foi comprada no site https://www.cd.cz. Custou apenas 19 euros! O percurso dura 4 horas aproximadamente.
O único cuidado que tivemos foi levar um cadeado para atrelar as malas ao trem (pois li alguns relatos de furto de malas no leste europeu). A Áustria não está situada na região classificada como leste europeu, mas entrou no roteiro pois Viena fica geograficamente entre Praga e Budapeste. Chegamos por volta das 13h na Estação central de Viena: Wien HBF (Hauptbahnhof).
O único cuidado que tivemos foi levar um cadeado para atrelar as malas ao trem (pois li alguns relatos de furto de malas no leste europeu). A Áustria não está situada na região classificada como leste europeu, mas entrou no roteiro pois Viena fica geograficamente entre Praga e Budapeste. Chegamos por volta das 13h na Estação central de Viena: Wien HBF (Hauptbahnhof).
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Estação Hauptbahnhof |
Ficaríamos apenas 2 dias na capital da Áustria, que
me levou a optar por um hotel próximo à estação de trem, Kolbeck, já que
chegaríamos e sairíamos da cidade de trem. O hotel tinha uma péssima aparência
na recepção, além de não ter elevador, mas o quarto era grande, limpo e o wi-fi funcionava perfeitamente. Abrimos
o mapa no celular e com poucos passos estávamos no hotel. Após o check-in, deixamos as malas, peguei um mapa de papel com o dono do estabelecimento, que mostrou a
estação próxima ao Museums Quartier.
Saímos em direção à estação de metrô, que ficava muito próxima. O
funcionamento do metrô é muito parecido com o que vi em Berlim: não tem
catraca, apenas é necessário validar o bilhete (comprado na máquina) para o caso do fiscal passar e pedi-lo. O centro de Viena, talvez por ser sábado, tinha um oceano de pessoas caminhando, tornando o deslocamento pelas ruas praticamente impossível.
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Catedral de Santo Estévão |
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Ruas agitadas no centro de Viena com Hofburg ao fundo |
Em razão do pouco tempo que nos restava e de prioridades
distintas, meu amigo seguiu para o Museu de História Natural de Viena
(Naturhistorisches Museum), já que ansiava por ver a Vênus de Willendorf,
enquanto eu optei por visitar o Leopold Museum (a entrada custou 12
euros), com centenas de obras do Egon Schiele e algumas do Klimt (artistas
austríacos) e depois segui para o Mumok, museu de arte moderna (a
entrada custou 10 euros). Além de uma arquitetura impressionante, encontrei a
maior exposição de PopArt que já vi.
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Warhol |
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Indiana |
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Achei que era uma mulher de verdade encostada na parede entre duas telas do Roy Lichtenstein! |
O Museums Quartier (MQ) é uma enorme área que acomoda diversos museus e casa
de shows, com poltronas e internet grátis. É um excelente lugar para sentar,
ler, comer alguma coisa e descansar.
Por volta das 18h, segui para encontrar meu amigo na
frente do museu. Voltamos para o hotel e verificamos que não havia restaurantes
abertos. Tinha lido que o comércio fechava nos fins de semana, mas não
sabia que seria quase impossível encontrar um lugar para comer. Mais adaptados
à cidade, concluímos que estávamos numa região de imigrantes turcos, pois havia
muitos muçulmanos nas ruas. E, claro, só encontramos um restaurante turco
aberto.
Chegamos no hotel e descansamos, mas, com o passar das horas,
começamos a sentir fome e sede. Pesquisamos na internet e a informação era que
não havia mercados abertos. Não desisti e encontrei um blog de uma moradora
local inconformada que dava uma ótima dica: os mercados que ficam dentro das estações
de trem abrem todos os dias. Já era 23:30h e li que o mercado fechava
meia-noite. Corremos para a estação e entramos no Interspar-pronto, que
parecia um oásis.
No dia seguinte, tentamos seguir o roteiro e fomos para o Paláciode Schonbrunn (a entrada custou 21 euros). Além de ser um lugar
deslumbrante, o palácio - residência de verão da família imperial
austríaca - é declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. A ilustre
imperatriz Sissi (Isabel da Áustria) e também Maria Leopoldina, que se casou
com Dom Pedro I, moraram no palácio.
Antes de começarmos a visita, tivemos uma das melhores
experiências gastronômicas que se pode ter na Áustria: entramos no CaféRestaurant Residenz e apreciamos um delicioso apfelstrudel (criação
austríaca) com um café. É importante ressaltar que os cafés constituem
patrimônio imaterial em Viena (Wiener Kaffeehaus). A visita deve ser realizada
sem pressa, pois o lugar é enorme. No fim do tour, ainda pudemos apreciar uma
apresentação de música erudita nos jardins do palácio.
Por volta das 15h, nos demos conta que não seria possível cumprir totalmente o roteiro e tivemos que eliminar o Palácio Hofburg (Museu de História da Arte, Museu da Imperatriz Sissi, etc), que vimos apenas a fachada no dia anterior. Optamos pelo Palácio Belvedere (a entrada custou 14 euros) por um único motivo: tem a famosa obra de Klimt: o beijo.
Saindo dali, seguimos para a estação, que tem uma praça de alimentação. Comemos e trocamos os tíquetes de trem para Budapeste (embora seja comprado na internet, o comprovante deve ser trocado por um bilhete na máquina). Depois, caminhamos em direção ao hotel. Queríamos assistir um concerto no Musikverein ou Wiener
Staatsoper (Ópera Estatal de Viena). Consultei o google e só restava uma
opção: concerto às 19:30 no Musikverein. Saímos do hotel por volta das
19:10 e tentaríamos o impossível. Pegamos o metrô e saímos na frente da Ópera
(tinha um enorme telão instalado no edifício, que permitia ao transeunte assistir na calçada), corremos e
atravessamos umas 3 ruas. Às 19:26 entrei na bilheteria e tinha ingresso! De
repente, nos deparamos com a elegância das pessoas em nossa volta: homens de
terno e mulheres de longo. Nós estávamos de camiseta, tênis e calça jeans!
Pior, corremos para encontrar os nossos lugares e tivemos que deixar os
casacos na chapelaria. Meu amigo queria morrer de tanta vergonha! ahahahah
Na terra de Mozart, não poderíamos perder essa
experiência. Foram quase 3 horas de apresentação. Pude observar que os
austríacos realmente apreciam o estilo de música. Fechavam os olhos, se
emocionavam, balançavam as cabeças no ritmo da música.
No hotel, antes de dormir, ouvíamos alguém cantarolar uma
opereta em algum lugar próximo.
No dia seguinte, acordamos cedo e tomamos café na frente
do hotel, na Anker Bakery. Café bom e barato (custou menos de 5 euros).
Se compararmos Viena com Praga, os preços são altos e a cidade é cara, já que a
moeda é o euro.
Se montasse o roteiro hoje, reservaria uns 5 dias para
conhecer Viena, pois é uma cidade grande e cheia de atrações.
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