Andaluzia: Córdoba, Granada, Málaga e Sevilha

A Andaluzia (região no Sul da Espanha) deriva de al-Andalus, que era a palavra árabe para descrever a Península Ibérica durante o domínio mouro na expansão muçulmana (do século VIII ao XV).

 

Alhambra, em Granada

 
Mesquita-Catedral de Córdoba

 

As províncias da Andaluzia são: Almeria, Cádiz, Córdoba, Granada, Huelva, Jaén, Málaga e Sevilha. Elaborei o roteiro em conformidade com os atrativos turísticos que gostaria de conhecer.

Minha sobrinha optou por uma viagem para Europa de presente de aniversário pelos seus quinze anos. Primeiramente, queria um cruzeiro pelo Caribe, mas mudou de ideia. Ela gostaria de conhecer a Itália (no aniversário de 10 anos levei para visitar alguns países: França, Bélgica, Luxemburgo, Alemanha e Áustria), mas ao convidar meu amigo, que já tinha viajado conosco anteriormente, soube que tem planos de viajar com o marido para a Itália, então, tive que procurar outro destino. Fiquei um pouco limitada porque só consegui marcar 12 dias de férias, e ainda, as passagens e hospedagens estavam com valores alarmantes, já que em agosto os europeus saem de férias. Lembrei que na Espanha, em razão do calor assombroso, é baixa temporada.

Tinha rascunhado, no ano anterior, um roteiro para a região da Andaluzia, em razão dos inúmeros atrativos turísticos, mas tive que selecionar algumas cidades para ajustar ao período disponível, considerando também os deslocamentos.

Cheguei a encontrar passagem por R$3.600,00 na TAP, mas o meu cartão não passou (deu erro), enquanto tentei resolver (tem a opção de pix, mas aí não teria o seguro viagem do cartão) aumentou. Após duas semanas, comprei na Iberia por R$4.341,25 cada passagem! Chegaria por Madri (minha sobrinha gostaria de conhecer) e sairia por Sevilha. A passagem teve um acréscimo, contudo, se comprasse passagem de trem o valor ficaria próximo, ainda teria mais um deslocamento.

Meu amigo atualmente mora em Fortaleza, então, ainda teve que vir pro Rio. Chegou cedo foi cochilar da casa da mãe e, por volta das 15h, minha irmã passou para buscá-lo e depois passou aqui em casa para irmos todos juntos.

Na semana da viagem tive muita dor nas costas e achei que era cólica renal, mas não quis ir na emergência. Faltando 1h para sair de casa decidi fazer um seguro de saúde da Allianz. O meu custou R$191,00. Minha irmã tinha feito para minha sobrinha um pouco mais barato dias antes. Costumo emitir apenas a apólice do seguro viagem do cartão (a Visa permite inclusive emitir para terceiro que viaja acompanhando, mesmo que não seja filho ou cônjuge), todavia, preferi ter uma segurança adicional, já que o seguro do cartão funciona por reembolso. 

Passamos pelo raio-x do Fast Pass da Visa Infinite, como relatei aqui. Gerei Q code para três pessoas e só havia nosso trio passando pela verificação naquele momento. 

O Aeroporto do Galeão estava trabalhando com gerador, logo, nós três passamos pela verificação do passaporte com o agente. Normalmente, apenas eu teria que passar com minha sobrinha (menor de idade), pois maior de idade passa direto no leitor automatizado de passaporte. Como de costume, o agente da PF levou meu passaporte e o da minha sobrinha (que tem autorização pra viajar só) para uma sala e nos liberou imediatamente.

Nosso voo sairia 19:25, então ainda tivemos tempo para ir na Sala Vip Gol Premium Lounge, apesar da fila imensa. Após entrarmos, sobrou apenas uns 25 minutos para o embarque. Só comi alguns pães de queijo. 

 




Levamos um susto quando nos dirigimos para o portão de embarque, pois estavam anunciando os nossos nomes! Última chamada! Fomos os últimos a entrar!!! Apesar de não ter pagado pelo assento, a companhia aérea colocou minha sobrinha ao meu lado. Ela dormiu por toda a viagem, mas eu passei muito mal (dor de barriga!). 

Chegamos em Madri às 10:10. Fizemos a imigração tranquilamente, pois o nosso check-in seria a partir de 13h. O primeiro passo foi a conexão da internet. Minha sobrinha já tinha comprado e-sim (chip virtual) da Airalo e teve que fazer a ativação. Meu amigo procurou no wi-fi grátis e assinou a internet da Maya Mobile. Eu ainda estava com um Samsung que não aceitava e-sim e precisava do chip físico. No hall encontrei um vendedor que me ofereceu opções mais caras, no entanto, disse que queria o mais barato. Comprei o chip Orange de 5G por 10 euros. Eles mesmos ativaram pra mim.

 

Na saída fica a parada do ônibus 203 "Exprés Aeropuerto". Custa 5 euros e pude pagar com o Wise por aproximação. Nas vezes que estive em Madri usei o referido ônibus (já usei uber e transfer do hotel quando fiquei num Ibis ao lado do aeroporto), mas é possível sair de trem ou de metrô! Provavelmente, deve ser o aeroporto mais conectado com transporte público. 

 

A Iberia ainda estava com uma promoção para quem fizesse conexão em Madri poderia pegar um cartão de transporte gratuitamente válido por 2 dias, mas não fomos buscar no guichê.

Madri não faz parte da Andaluzia, mas é a cidade com o voo mais barato e minha sobrinha queria conhecer. Já estive outras vezes na capital espanhola, mas nunca sendo o único destino e muitas vezes fiz bate e volta para cidades próximas (Toledo, Aranjuez, Segovia e El escorial).  

Nas outras vezes que peguei o ônibus era muito cedo ou madrugada, portanto, sempre estava vazio. Dessa vez ficou lotado e fez várias paradas. Avisei para ficarem de olho no celular e na bolsa com o dinheiro, principalmente na hora de descer.

Brinquei com minha sobrinha que, se da outra vez tínhamos ficado em ótimos hotéis, dessa vez teria a experiência completa no ramo da hospitalidade: hostel, hotel, pousada e Airbnb. A única exigência: banheiro privativo e ar-condicionado. 

 

1º DIA - MADRI

 

Os preços na capital estavam elevados e decidi ficar no Hostal Internacional, que é bem localizado. Fomos caminhando da parada Plaza de Cibeles (cerca de 400 metros). Estava desesperada de dor de barriga. Assim que chegamos, não precisamos comprovar nada e entramos (já estava pago). O quarto é antigo, mas tinha ar e frigobar. Fiquei aprisionada no banheiro e até sugeri que meu amigo levasse minha sobrinha para passear pela cidade (só tínhamos aquele dia), pois não via uma luz no fim do túnel. Sempre levo o remédio Avide, tomei e esperei 1h pra fazer efeito. Minha situação estava preocupante - uma infecção intestinal pode arruinar uma viagem.

 

 

 

 

 

 

 

Após todos tomarem banho (e meu intestino  ficar mais estável), saímos para visitar o rooftop do Hotel Riu. Cobra 5 euros até 17h (após o valor é mais caro). Fica no 28º andar. A cidade tem inúmeros terraços com bares. No caminho passamos pela Plaza Real e sentimos um calor infernal (39 graus, mas parecia mais). Minha sobrinha quis sentar no Starbucks para beber um refresher (absurdos 9 euros por 2). 






 

A entrada de visitantes fica numa rua oposta da entrada do hotel, pois é muito movimentado. Tem filas enormes. A vista é bonita, de fato, e ainda não tinha visto Madri do alto. Para quem está disposto a pagar por drinks superfaturados, pode sentar no bar e aproveitar.


 

Paramos num 100 montaditos para fazer um lanche - é uma cervejaria presente em várias cidades da Espanha. Os valores são baixos e em dois dias da semana (domingo e quarta-feira) todo o cardápio custa 1 euro (as bebidas são mais caras). Montaditos são tapas (a maioria é sanduíche). Descansamos um pouco, pois fizemos todo o percurso caminhando.

 



Coloquei no roteiro uma visita a um museu, pois às segundas-feiras são gratuitos. Museo del Prado (grátis de 18h às 20h).  ou Museo Reina Sofia (grátis de 19h às 21h). Em razão do horário, decidimos pelo Museo Reina Sofia. Fomos caminhando e, como esperado, tinha uma fila imensa. Uma vez me hospedei na frente do museu e visitei dois dias seguidos. O prédio é enorme. A obra mais festejada é "Guernica", do Pablo Picasso.

 




No verão só escurece por volta das 22h, então conseguimos aproveitar mais, mas também perdemos a noção do horário. Minha sobrinha queria ir na loja Primark da Gran Via, que tem vários andares. Chamamos o Uber (6,91 euros) e chegamos na loja às 21:09. Foi uma correria, pois fechava às 22h. Cada um seguiu pro setor que se interessava. Felizmente, a loja tinha banheiro. Não comprei nada. A loja fechou e não achava minha sobrinha. A sorte é o celular, pois ela já estava na calçada.


 

Pedi que meu amigo e minha sobrinha pesquisassem sobre lugares para comer, mas não fizeram o dever de casa. Paramos num bar no caminho (muitos restaurantes já estavam fechados). Meu amigo pediu sanduíche e eu pedi croquetes. 

 

2º DIA - MADRI-CÓRDOBA

 

Ainda coloquei no roteiro que poderíamos ir no Parque del Retiro pela manhã, mas ninguém madrugou. E é sempre complicada a questão do banheiro para muitas pessoas (ainda mais quando demoram no banho). Seguimos aleatoriamente para encontramos o supermercado mais próximo e comprarmos o nosso café da manhã. Entramos no Dia, pois o Carrefour ainda estava fechado. Comprei uma baguete, jamón serrano (presunto cru) e 1 litro de suco de laranja natural. A padaria dos mercados na Europa costumam ter pães deliciosos.

 

Entregamos a chave, descemos e chamamos o Uber até Atocha. Daquela estação saem trens rápidos (usei anteriormente para Toledo). Descemos até a nossa plataforma e verificamos na tela o horário que o trem chegaria. Como compramos a passagem online separadamente, meu amigo foi em outro vagão. Levei a corrente de bicicleta (evitar furtos), caso tivesse que deixar a mala no bagageiro, mas como estávamos com mala P, e entramos assim que abriu o vagão, conseguimos colocar a bagagem no espaço acima da poltrona. É uma viagem confortável de 2h. Tem banheiro.

 

 

 

 
Chegamos na Estação de Córdoba e nos deparamos com um calor infernal. Nunca senti nada igual. Parecia que estava assando dentro de um forno. As ruas ficam completamente vazias. Como nossa hospedagem ficava a 1,3 km, decidimos caminhar. 

 

 

Ficamos na Hospedería Luís de Góngora, que tem excelente relação custo-benefício, além de ficar dentro da parte histórica. Fizemos o check-in, apresentamos nossos passaportes (já estava pago) e subimos para o quarto. Deixaram o ar-condicionado ligado e nos jogamos na cama. Giovana desceu para comprar água (1 euro garrafa grande), mas não era gelada, apenas fresca.

 


 

Pedi sugestão de restaurante para o recepcionista do hotel e me indicou "Moriles Pata Negra". Foi o melhor custo-benefício da viagem, além de ser frequentado apenas por locais. Minha sobrinha amou o macarrão e disse que foi o melhor que comeu na vida e espera um dia voltar! Tem um menu no almoço por 10 euros (já com o IVA) com dois pratos + bebida + sobremesa. Pedi tortilla de patatas (tinha bacalhau) com salmorejo (comida típica feita com tomates, parecido com gaspacho, mas pastoso), o segundo prato foi "fritura de pescados variados", que tinha lula, peixe, etc. Bebi tinto de verano (bebida típica com vinho e refrigerante de limão ou água com gás) e a sobremesa foi "tocino de cielo". Ainda colocam pão, biscoitos e azeitonas na mesa. Giovana pediu pasta bolonhesa, croquetas de jamón con patatas, fanta e a sobremesa foi "natillas".

 






Córdoba é considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. A cidade teve seu auge no início do século VIII, após a conquista muçulmana, quando cerca de trezentas mesquitas foram construídas, além de edifícios públicos e palácios impressionantes. Rivalizava com cidades como Constantinopla, Damasco, Bagdá. Durante o reinado de Fernando III, no século XIII, a mesquita foi convertida em catedral cristã.







Foi fundada pelos romanos no século II a.C. No século VIII se tornou dependente de Damasco e, em 929, sob o comando de Abderraman III, se tornou sede de um Califado independente. 

O centro histórico de Córdoba compreende as ruas ao redor da Mesquita-Catedral, a margem do Río Guadalquivir, incluindo a Ponte Romana e a Torre Calahorra, a rua San Fernando, o Alcazár de los Reyes Cristianos e o bairro de San Basílio. Sua importância decorre do testemunho vivo das diversas culturas que coexistiram ali por séculos. Reflete a ocupação de romanos, visigodos, judeus, muçulmanos e cristãos através da arquitetura e complexidade urbana. As casas foram construídas em torno de pátios internos, criando um ambiente harmonioso com a natureza.

Seguimos para Puerta de Almodóvar, a única porta remanescente das nove construídas por Abd al-Rahman I no período de domínio muçulmano conhecido como Bad al-Yawz. Foi restaurada em 1802. Na frente tem uma escultura de Sêneca, filósofo nascido em Córdoba. 

 

 

Ultrapassando a porta, entramos no bairro La Judería, que é o bairro judeu. Casas decoradas com vasos de flores, vielas, lojinhas de artesanato. Encontramos poucos turistas nas ruas naquele dia. Após tirarmos algumas fotos, decidimos retornar para o hotel. 

 


 

Só saímos novamente após 20h e fomos para a parte moderna da cidade - com inúmeras lojas. Giovana quis entrar na Stradivarius e ficamos esperando. Depois seguimos até o El Corte Inglés, que ocupa um prédio inteiro. Victor aproveitou para comprar um presente para sua mãe.



3º DIA - CÓRDOBA


Seguimos para o  Alcázar de los Reyes Cristianos. 4.91 euros a entrada. Giovana não precisou pagar. O lugar é enorme e lindo. É composto por salas, torres, jardins. É uma fortificação com quatro muralhas coroada com torres. O edifício tem vários níveis. 

 






 

Os jardins são abastecidos pelas águas provenientes dos rios e montanhas através de um sistema de encanamento. A formatação atual ocorreu em meados do século XX com três terraços em diferentes níveis. A escultura mais notável é a dos Reis Católicos, Isabel e Fernando, com Cristóvão Colombo.

 









 

Fizemos todo esse tour sem tomarmos café da manhã. Abrimos o mapa e procuramos pelo supermercado mais próximo (existem muitas redes). Entramos no Supermercados Piedra. Compramos pão, salame e uma bebida. Comemos no primeiro banco de praça. Seguimos para o hotel e descansamos um pouco.


Visitaríamos o maior símbolo da cidade: a Mesquita-Catedral de Córdoba. Tinha lido que no horário de 8:30 às 9:30 a entrada era gratuita (de segunda a sábado), mas no dia anterior perguntei e me informaram que percorria apenas uma parte da construção, então, embora estivéssemos prontos no horário, deixamos para fazer a visita mais tarde, pagando. Custa 13 euros por pessoa.



 

Entramos na fila para comprarmos os ingressos (tem fila em qualquer horário), posteriormente seguimos para fila para entrarmos. Meu amigo ficou irritado porque teve que tirar o boné, mas tem indicação sobre o traje, já que ainda é um templo em atividade.  

A Mesquita de Córdoba é um dos maiores e mais impressionantes monumentos islâmicos: uma obra-prima. Sua grandiosidade é notável. É um marco do Califado de Córdoba, além de ser um exemplo do arquitetura religiosa islâmica. Foi a segunda maior mesquita do mundo, ficando atrás apenas da Mesquita Sagrada de Meca, posteriormente superada pela Mesquita Azul de Istambul. É um testemunho sobre a presença do islamismo no ocidente e, para além da estrutura física, influenciou a arte islâmica ocidental desde o século VIII. É um dos lugares que sempre quis conhecer. É belíssimo. Pena que a igreja católica fez tantas descaracterizações. 






 

Novamente seguimos para o restaurante "Moriles Pata Negra" para comer o menu por 10 euros. Naquele dia o termômetro marcava 43 graus. Não corria uma brisa. Pedi melão com jamón serrano (presunto cru), pedi o mesmo prato do dia anterior: "fritura de pescados variados". Bebi tinto de verano e de sobremesa foi um flan. Giovana trocou apenas a sobremesa, pediu um sorvete de nata.

 







Caminhamos até o Templo Romano de Córdoba, mas a região estava em obra. Quase todas as lojas fecham no período da tarde para fazer a famosa siesta, ou ainda, muitos deixam cartazes, informando que estão de férias em agosto. Estava tão quente que entramos no Supermercado Dia.

  

 

Passamos ainda no Mercado Victoria, que avistamos no dia anterior. Tinha muitas opções de petiscos, mas não estávamos com fome. Ainda pensamos em beber um tinto de verano, mas a loja estava sem atendente. 

 




 

Fomos caminhar pela Ponte Romana, acredita-se que foi construída no período de Augusto . Sofreu remodelação no século XVI conferindo um aspecto monumental. Possui 16 arcos e dois ainda originais. Durante a Reconquista era chamada de "Ponte de Algeciras". No fim fica a Torre de Calahorra - cobra ingresso para subir e retornamos.

 


 

Antes de irmos para o hotel queríamos beber algo. Alguns estabelecimentos não aceitam que apenas peçam bebida, portanto, parei na porta da Taberna Rafaé 1977 e perguntei se poderíamos apenas beber. Concordaram.




4º DIA - CÓRDOBA-GRANADA

 

O hotel tinha convênio com uma cafeteria "Cafe Trinidad". Comprei 2 cafés da manhã (5 euros cada). Aguardamos vagar uma mesa, que ficam dispostas numa pracinha. É um café típico espanhol: uma porção de tomate, uma porção de jamón picadinho, pão na chapa, suco de laranja, uma garrafinha de água, iogurte e café (Giovana quis chá). Coloca-se azeite no pão, depois a pasta de tomate e salpica o presunto: uma delícia.

 



 

Ainda demos uma última volta na cidade, depois voltamos para fazer o check-out. A rodoviária fica ao lado da estação de trem. Andamos com nossas malas naquele sol escaldante.  

 

 


Vejo sempre indicarem Córdoba como bate e volta, contudo, acredito que a cidade merece sim, ao menos, um pernoite. É uma das cidades mais tranquilas que já visitei.

A passagem de ônibus foi comprada no site da Alsa. Escolhi saída 12h, chegando em Granada às 14:45. Não adianta chegar muito cedo em razão do horário de check-in. Custou 9 euros cada. Foi pontual. Ônibus em perfeito estado.

  

 


Quando chegamos em Granada notamos uma total mudança na segurança. Assim que saímos da rodoviária pra chamarmos o carro por aplicativo, sentimos que dois homens nos seguiu. Estávamos certos, tanto que o segurança também veio pro lado de fora e ficou. Pedimos uber e veio uma motorista super simpática com um Lexus bem confortável e saiu para pegar nossa bagagem (todos os motoristas colocaram/tiraram a bagagem no carro, bem diferente do Rio). 

Ficamos no Hotel Carlos V, que tinha um Carrefour Express do lado. O quarto era grande, o banheiro enorme. Primeiro o wi-fi não funcionou e falei com o recepcionista, que foi indiferente, mas fomos ao mercado comprar lanche (pão, jamón, suco) e funcionou no retorno. O lado negativo é que não tinha frigobar, então, bebíamos o suco e se sobrasse jogávamos fora, pois ficava quente. Granada tem uma estação de esqui muito próxima do centro (cerca de 30 min, 32km): Sierra Nevada. 

 


 

 

O que nos levou até Granada? Lá fica o monumento mais visitado da Espanha: Alhambra. No primeiro dia já chegamos tarde e decidimos pegar um ônibus e irmos até o Mirador San Nicolas, de onde pode apreciar Alhambra de longe.

 



 

Tinha um ponto de ônibus perto, na Plaza Santo Domingo. No google vimos o horário que passaria a linha C32 (tarifa 1,60). Era um micro-ônibus e estava cheio. Descemos na Plaza San Nicolás (quase todos os passageiros) e seguimos para o mirante. A vista é maravilhosa e tinha um grupo tocando músicas regionais. Até hoje ecoa "Bamboleo", do Gipsy Kings.

 


Lado a lado estão a Iglesia de San Nicolás e a Mezquita Mayor de Granada. Tem ainda o Ajibe de San Nicolás. Vimos que a entrada na mesquita era gratuita, mas seguimos e fomos parar na parte baixa do bairro, quando voltamos vimos que naquele horário não estava aberta pra visitação, contudo, pudemos visitar o jardim.

 

 



 


Resolvemos descer a pé para visitarmos o Albayzin (ou Albaicín), que é um bairro mouro preservado. O distrito residencial representa a origem da cidade de Granada. As casas possuem estilo mouro e andaluz e ficam em ruas estreitas com traçado medieval. É uma ilustração preservada da cultura hispano-muçulmana no sul da Espanha, formada durante a dinastia Nasrid. 

 












 

É um lugar bem turístico e me senti no Marrocos. Vimos restaurantes de comida árabe, lojas de roupas, além de muitas lojas com suvenires. Entramos em uma loja porque Giovana queria comprar presentes e Victor também. Conversei com o vendedor, que era muito simpático.

 

Paramos na Heladería los Italianos, pois vi no site Taste Atlas que era uma das melhores sorveterias do mundo. Estava muito cheia. Encontramos sorvetes a partir de 1,50 (o meu custou esse valor), mas cometi o erro de perguntar qual era o mais vendido na hora de pegar o sorvete e respondeu "stracciatella", Giovana quis mas era flocos, que ela odeia e ficou emburrada. Perguntei se queria comprar outro e não quis. Comi de "frambuesa" e estava bom.

 



 

Entramos numa rua histórica que tinha uma placa indicando "La ciudad renascentista y baroca, Palacio de la Madraza". A Madraça de Granada ou Palácio da Madraça, que fica diante da Capela Real, foi a primeira universidade espanhola, criada em 1349. Atualmente o prédio pertence à Universidad de Granada. Seguimos pelo Mercado de Artesanías. Tendo em vista que escurece tarde, quando olhamos a hora já passava das 22h, logo, o supermercado tinha fechado e não encontramos um lugar próximo pra comer. Comprei água num mercadinho chinês.

 





 

O hotel servia café da manhã pago fora da diária, mas olhamos as fotos na internet e preferimos comprar no Carrefour vizinho. 


5º DIA - GRANADA

 

O único ingresso comprado com antecedência foi pra Alhambra, pois costuma esgotar. O visitante tem que ficar atento ao horário para entrar no Palacio Nazaríes, que já não tinha disponibilidade para o período da manhã. Escolhi 13h. Tem gratuidade para crianças até 11 anos e valor diferenciado para crianças até 15 anos. Meu ingresso custou 18 euros e de Giovana 12 euros.

 



 



 





Dedicamos o dia inteiro para a visita de Alhambra. Saímos do hotel às 10h, seguimos até o ponto de ônibus na Plaza Izabel la católica 4 e pegamos o C30. Descemos no ponto na frente da bilheteria. E precisa levar o passaporte! Em vários momentos pedem para ler o passaporte, que parece substituir o ingresso. Costumo deixar o documento no hotel, mas li sobre tal exigência.

 








 

Alhambra, com sua ocupação contínua ao longo dos séculos, é a única cidade palaciana islâmica preservada em sua integridade. É um verdadeiro museu que proporciona uma imersão histórica e cultural. É considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Mapa interativo e Áudio guia.












Representa a tradição arquitetônica islâmica da Alta Idade Média, seguindo um sistema proporcional com base nos princípios de compartimento de áreas, ausência de exteriorização e design típico da cultura islâmica adaptado ao clima local, o uso da geometria, decoração vegetal, abóbadas moçárabes. Alhambra e principalmente o Generalife incorporam a tradição moura com o uso estético da água.

 








 

É um lugar com muitos turistas, logo, precisa ter paciência. E o calor era sufocante, que amenizava quando passávamos nos jardins com árvores. Visitamos Alhambra, Generalife (e os jardins), Palácio Carlos V, Alcazaba e Palacio Nazaríes. 

 




Chegamos no hotel no fim da tarde. Descansamos, tomamos banho e procuramos um lugar para comer tapas. Encontrei o "La buena vida". A gente escolhia uma bebida e a tapa era gratuita. Um tinto de verano (2,70) dava direito a um sanduíche ou croquete, por exemplo. E ainda vinha batata rústica no pratinho. Giovana se sentiu mal depois que comeu e ficou esperando do lado de fora. Passamos novamente na sorveteria Heladería los Italianos.

 




 

Lugares que estavam no nosso roteiro e não conseguimos visitar:   

 

6º DIA - GRANADA-MÁLAGA


A passagem de ônibus foi comprada no site da Alsa. Escolhi saída 12h10, chegando em Málaga às 14:00. Custou 13,42 euros cada. Foi pontual. Ônibus em perfeito estado. Não tive como selecionar assento nesse trecho, aparecendo apenas no dia da viagem pelo app (sugiro instalar no celular). Giovana ficou ao lado de Victor. Ela deitou a poltrona e a mulher atrás deu um soco no estofado. Quando eu já ia me manifestar, olhei e achei que tinha Síndrome de Down. Havia um homem ao lado, mas eles não se falavam, então, não sei se estavam juntos. Minha sobrinha ficou assustada e levantou o banco. Pedi pra olhar e realmente achou que ela tinha síndrome - no entanto, se viaja sozinha deve ter discernimento sobre como agir com as pessoas. Chamei Giovana pra vir pro meu lado, porque ficou vazio, mas disse que não precisava.

 

 

 

A viagem foi mais rápida que o previsto e chegamos quase uma hora antes. Atrás da rodoviária de Málaga fica a Estação de trem, que é um shopping com inúmeras lojas, cinema, supermercado (Mercadona), praça de alimentação. Teríamos que fazer hora, pois o check-in era às 15h. Sentamos com as malas na praça de alimentação e sugeri que cada um escolhesse sua comida. Giovana pediu o lanche do KFC, que não gosto, mas comi também.

Málaga tem hospedagem muito cara em comparação com as cidades anteriores. Fechei o Airbnb uma semana antes da viagem. Escolhi um apartamento que ficava a 15 minutos andando da praia e, na verdade, não tinha outra opção na faixa de R$800,00 a diária com boa localização. É um destino de praia e ainda no fim de semana. 

 







 

Raramente escolho Airbnb (na verdade fechamos pelo Booking), mas com três pessoas era a melhor opção. Esse anfitrião foi bem claro que só passaria o código da porta às 15h. Inclusive deixou um endereço de um depósito de bagagem perto da casa.

Fomos chamar Uber do lado de fora e demorou bastante conseguirmos um carro. Passaram alguns com o adesivo Cabify, mas não tínhamos o aplicativo. Chegamos no estúdio por volta das 15h30. Na porta tinha um cadeado que abrimos com o código que recebemos por e-mail e dentro tinha a chave da porta. 

 

 

 

 

O apartamento foi o Alderete Suites. Ficamos encantados com o lugar, pois era bem contemporâneo, melhor que nas fotos. Nossa única exigência na hora de escolher um apartamento era ar-condicionado e máquina de café. Eu e Giovana ficamos na cama e Victor no sofá-cama. Tinha tv enorme, máquina de lavar, máquina de café (que aceitava cápsula dolce gusto, nespresso e pó de café), cooktop, frigobar, torradeira. O banheiro era novo. Sentimos falta de alguns itens: tapete no banheiro, pano de prato, pó de café.

 




 

Tinha um Supermercado Dia perto e fomos comprar alguns itens: água, suco de laranja, morango, iogurte, café, pão, jamón, salame. 

Era sábado, no domingo os museus eram gratuitos a partir das 18h, mas não teríamos como ver todos no mesmo horário, então, optamos por visitar o Museu Picasso Málaga. O ingresso custa 12 euros e criança até 16 anos é grátis. Picasso nasceu na cidade de Málaga. O museu foi aberto em 27 de outubro de 2003 com acervo de 233 obras do artista doadas pelo neto e nora. 

 



 





Já visitei muitos museus pelo mundo e me deparei com a proibição de fotografia em alguns (quando visitei a Galeria Uffizi e a Academia, por exemplo, não podia fotografar, mas hoje é permitido), mas nunca tinha visto proibirem filmagem. Soube quando fui fazer um videozinho. E percebi a mesma regra nos museus seguintes.

Aproveitamos para conhecer o Centro Contemporáneo de Arte de Málaga. Fica localizado em um edifício histórico (Mercado de Mayoristas) ao lado do rio Guadalmedina. Entrada grátis. E fica aberto até 21h30, então é uma boa opção de passeio noturno. 

 



 

Retornamos para o apartamento e no caminho nos deparamos com um rio de pessoas. Era sábado, portanto, a cidade fica muito movimentada. As pessoas seguem para a região do porto e da praia. Inclusive tive dificuldade para dormir, pois o estúdio fica no térreo (uma casa)  e tem a porta aberta pra calçada - circulação e gritaria por toda a madrugada.

 

7º DIA - MÁLAGA

 

Minha sobrinha queria muito ir à praia. Cheguei a pesquisar para passar uns 3 dias em alguma das Ilhas Baleares (Menorca ou Maiorca), mas as diárias ficavam acima de R$2.500,00. Nos contentamos com a Playa la Malagueta. A água é muito gelada, então, só entrei uma vez. E todas as mulheres fazem topless, logo, foi difícil fotografar o local.

 








 

Na região do Porto existem lojas e restaurantes. Paramos pra comer  no 100 Montaditos. 1 euro por sanduíche é um preço imbatível, embora seja pequeno. Bebi 2 tintos de verano e comi uns 5 sanduíches. Giovana bebeu Fanta e pediu vários sanduíches. Disse para Victor e Giovana pesquisarem lugares para comer com bom custo-benefício nas cidades que visitaríamos, mas nenhum deles executou a tarefa. Como sanduíche feliz da vida.

 


  

 

 

 

 







Fomos para o apartamento para tomar banho e depois seguimos para o Museo Carmen Thyssen. Grátis aos domingos de 16h às 20h. Apesar do horário gratuito, não tinha fila. O museu conserva, investiga e divulga a coleção Carmen Thyssen, objetivando valorizar a pintura espanhola, principalmente do século XIX e início do século XX.

 







 

 

Caminhamos até o Centre Pompidou Málaga, que fica no Porto de Málaga. Grátis aos domingos de 16h às 20h. O museu foi inaugurado em 2015 e recebeu a visita de mais de 850 mil pessoas. Foi a primeira filial do museu francês fora do país de origem. O edifício "El cubo" foi projetado pelo artista francês Daniel Buren.

 










Após visitarmos o museu, percorremos a orla da praia e esperamos o pôr do sol. Giovana aproveitou para entrar na loja Kiko, de maquiagem, e fez compras.

 

 

 

Málaga foi minha cidade favorita e faltou tempo para ver tudo.  Se tivesse mais um dia talvez visitasse Nerja, que é uma cidade litorânea com praias bonitas e fica a 1h de ônibus.

 


 


 




8º DIA - MÁLAGA-SEVILHA

 
O horário do check-out era às 11h (trancamos a porta e deixamos a chave dentro do cadeado). Acordamos cedo, preparamos café da manhã. Fui com Giovana numa rua próxima para ela ver um brechó que vendia roupas por peso (tudo caro), também entrou numa loja de discos e comprou uma ecobag de Taylor Swift. 

No retorno, vimos que um museu vizinho estava aberto e decidimos visitá-lo (meu amigo ficou se arrumando). Entramos no Museu Jorge RandoConfesso que desconhecia o artista. O museu tem como objetivo a difusão e divulgação da obra do artista Jorge Rando, que nasceu em Málaga em 1941. Entrada gratuita.






 

Lugares que estavam no nosso roteiro de Málaga e não conseguimos visitar:

  • Castillo de Gibralfaro. 9h às 20h. Grátis.
  • Mercado de Atarazanas. Aberto de 8h às 15h.
  • Estátua de Pablo Picasso
  • Casa-Museo Picasso (é diferente do museu) https://eulenmalaga.arteyocio.com 3 euros

 

A passagem de ônibus foi comprada no site da Alsa. Escolhi saída 12h, chegando em Sevilha às 14:45. Custou 16 euros cada. 

 

 

 

A rodoviária de Sevilla é assustadoramente suja. Local bem estranho. Fui no banheiro e estava quase impraticável. Do lado de fora também tinha muito lixo no chão. O apartamento ficava a 1,2 km que daria uns 16 minutos de caminhada. Chegamos mortos.


A cidade tinha muita oferta de apartamentos e poucos hotéis (diárias caras). Muitos apartamentos cobravam caução (de 100 a 400 euros). Então procurei um bem localizado, sem caução, com duas camas, ar-condicionado e máquina de café. Fechei pelo Booking que era mais barato que Airbnb.

Tanto em Málaga quanto em Sevilha foi solicitado o envio da cópia dos passaportes de todos os hóspedes. Enviam um link de um site. No segundo, ainda pedia pra ter a assinatura de cada um. 

O apartamento era Capricho de Quevedo, no centro histórico. O anfitrião é bem comunicativo, enviou dicas, perguntou se precisava entrar mais cedo. Esse apartamento era completamente tecnológico. Enviou um link que tinha 2 botões. Um abria o portão do prédio e o outro a porta do apartamento. Tivemos dificuldade para descobrirmos qual era o apartamento - soubemos quando ouvimos a porta abrir. O lado ruim: se a pessoa não tiver internet no celular, se acabar a internet no apartamento ou se acabar a energia elétrica não consegue entrar. Se eu tivesse sozinha isso me preocuparia.

 





O apartamento tinha um mezanino com cama de casal e banheiro. No térreo ficava o sofá-cama, tv, cozinha (com forno, micro-ondas, geladeira, máquina de lavar, nespresso, cafeteira italiana, mesa de jantar). Não faltava nada. Pensaram em tudo. Só achei que tinha pouco papel higiênico. O lado negativo: estava muito quente e o ar-condicionado congelava meu amigo no sofá-cama e a gente na cama morria de calor, suando a noite inteira.







 

 

Em Sevilha é possível conhecer vários atrativos gratuitamente na segunda-feira, mas não conseguimos aproveitar. Chegamos no hotel depois das 15h, depois fomos no Supermercado El jamón pra comprarmos lanches: pizza, suco, refrigerante, sidra, iogurte, jamón, pão.

 

 

 

Todo mundo foi tomar banho, descansar e já tinha tinha passado das 17h30, deixamos de correr pra visitar a Casa de Pilatos, pois fecharia em breve.

Sevilha é a capital da Andaluzia. Tem sua origem em VIII a.C. No século XVI foram construídos prédios importantes do centro, como da Catedral, Arquivos das Índias. Em 1649 metade da população morreu ceifada pela peste. Foi cidade romana, árabe, renascentista, árabe, barroca.

Decidimos caminhar até o símbolo da cidade de Sevilha: a Plaza de España. É um espaço monumental que foi construído para a Exposición Iberoamericana de 1929 (a construção iniciou em 1914). Foi projetada pelo arquiteto sevilhano Aníbal González (assisti um documentário sobre ele no avião: Aníbal, el arquitecto de Sevilla). A praça é uma obra de arte com 50 mil m2 (sendo 19 mil m2 é edificado e 31 mil m2 é de espaço livre), utilizando cerâmica, ladrilhos e mármore - elementos típicos da arquitetura andaluza. A cerâmica de Triana (região às margens do rio Guadalquivir) é protagonista na decoração.  
















A praça tem um semicírculo de 200 metros de diâmetro, que permite uma vista panorâmica de qualquer ponto. Serve de espaço para encontros, celebrações, shows, eventos, desfiles. Existe uma fonte central feita por Vicente Traver, que desenvolveu a obra a partir de 1926.

É interessante observar que a praça tem 48 bancos relativos às províncias espanholas (apenas duas não são representadas: Canárias e Sevilla). Possuem um mural que representa um momento histórico ou cultural da província.










Outra característica é a presença de 4 pontes, que representam antigos reinos da Espanha: León, Castilla, Aragón e Navarra. Tem a opção de fazer passeio de barco, mas sequer procurei saber o valor. Há ainda bustos de figuras espanholas como Cristóvão Colombo, Goya, El Greco, Velázquez, Murillo, Cervantes...

 







 


Retornamos a pé e o calor era insuportável, mesmo após 20h. Paramos no caminho para beber água numa torneira pública. Seguimos para o apartamento e posteriormente visitamos um atrativo vizinho da hospedagem: Setas de Sevilla. Ficamos apenas na parte gratuita, pois vendem ingressos para caminhar no mirante sobre o monumento. Até fui na bilheteria para saber o preço (16 euros), mas desistimos. A fila era imensa (moradores de Sevilla não pagam). O que nos chamou atenção foi a quantidade de pessoas na rua às 23h (o passeio pode ser feito até meia-noite). 

 









9º DIA - SEVILHA


Nossa primeira atividade do dia foi visitar o Museo de Bellas Artes de Sevilla (funciona de 9h às 21h). Foi fundando em 1835 com obras provenientes dos conventos e monastérios. O edifício foi construído no século XVII. Conta com três pisos, tem dois pátios. O acervo conta com obras dos espanhóis Murillo, Zurbarán, entre outros. 

















Decidimos ir até a Primark (fica do outro lado do rio Guadalquivir), pois minha sobrinha e meu amigo gostam de fazer compras. Aproveitei para adquirir meias (é a única coisa que sempre compro nessa loja). Ainda comprei uma ecobag de Van Gogh e uma bolsa. Tinha uma coleção de artistas visuais, mas em razão da cotação do euro (6,23 quando viajamos), nada era realmente barato.

 




A loja não era muito grande e fica dentro de um Shopping: Centro Comercial Torre Sevilla. Aproveitamos para almoçar. Escolhemos um menu no restaurante Barajas 20. Dois pratos, bebida e sobremesa por 13,90 euros. O primeiro era uma batata assada com um molho de tomate e estava boa, mas depois pedi "pota en su tinta y arroz". Achei que seria um arroz de polvo, mas era um arroz branco com algum animal marinho ruim que não descobri. Bebi tinto de verano. E de sobremesa só tinha bolo de chocolate (não como chocolate e ainda estava super seco).

 

 

 

 

 

 

Ainda entramos numa loja de badulaques presente em diversos lugares na Europa: flying tiger copenhagen. E, por fim, entramos no Supermercado Día pra comprarmos bebida gelada, pois o calor era insuportável.

Ao lado do centro comercial fica o centro cultural CaixaForum Sevilla, mas estávamos sem disposição (já visitei o de Madri). 

Tínhamos comprado ingresso para um show de Flamenco às 21h15. Giovana estava com dor de barriga e achei que perderíamos a apresentação.

 

 



O Flamenco é um estilo musical (e de dança) nascido na Andaluzia, sua origem decorre de fusão entre povos ciganos, judeus e mouros. É a expressão espanhola mais popular. Tradicionalmente é uma dança solo com acompanhamento de instrumentos musicais. Há demonstração de paixão, além de uma variedade de emoções. A origem do vestido flamenco (que pode ser encontrado em várias lojas de rua na cidade) é das roupas simples usadas pelas camponesas, que teve o decréscimo de babados, cores e bordados. As mulheres usam um coque alto ou rabo de cavalo baixo com flores na cabeça. E os sapatos são colados com pregos que produzem o som característico quando dançam.

 




 

Tinha deixado algumas opções, mas "La casa del Flamenco", que fica num palácio do século XV, estava fechada. Tem o conhecido "Tablao Flamenco en Sevilla", mas acabamos comprando pra assistir no Teatro Flamenco Sevilla. O show se chama "Pasión". O ingresso custa 25 euros adulto. No site diz que criança é até 12 anos, mas lá eu perguntei quanto Giovana pagava. A atendente perguntou a idade dela e disse 15. Ela cobrou 15 euros. A apresentação durou 1 hora e todos gostaram. 

 


 

Saímos e fomos até a Alameda Hércules, um local com restaurantes e cafés. Pela primeira vez vi apenas moradores. Não é um local turístico e tem muitas opções de comidas. Demoramos pra escolher algum lugar, pois no bar de tapas que paramos não tinha as opções que escolhemos (estava absolutamente lotado). Por fim, sentamos no Karpanta, porque tinha tapas, pizza, hambúrguer. Pedi pizza e custou 8 euros. 

 














10º DIA - SEVILHA


Caminhamos até a Torre del Oro (sugerem 3 euros, mas a entrada é grátis, paguei 1 euro).  Foi construída entre 1220 e 1221 com 36,75 metros de altura. No interior da torre tem um museu marítimo. Ali na frente saem passeios de barco pelo rio Guadalquivir.

 





Nesse dia, queria ter visitado Ronda e Setenil de las Bodegas, mas não é tão fácil para quem não alugou carro. Cheguei a pesquisar nos sites Civitatis, Viator e GetYourGuide. Embora seja mais perto de Málaga, o tempo que tínhamos na cidade era curto. Sevilha, por ser mais distante, acabou sendo descartada. A viagem seria uma excursão de dia inteiro.
 
Três construções fazem de Sevilla Patrimônio da Humanidade pela Unesco: Catedral de Sevilha, Alcazár e Arquivo das Índias. As duas primeiras datam da Reconquista em 1248. Até o século 16 estavam imersos em influências mouras. Formam um complexo monumental no coração da cidade. Representam a Idade de Ouro espanhola, incorporando a cultura islâmica, o poder eclesiástico, a soberania real, o poder comercial que adquiriu em razão das colônias no continente americano.

A Catedral foi fundada em 1403 no local de uma antiga mesquita. Construída no estilo gótico e renascentista com cinco naves é o maior edifício gótico da Europa. Sua torre, a Giralda, é um antigo minarete da mesquita, uma obra-prima da arquitetura almóada e hoje um exemplo de sincretismo cultural. Na Espanha cobram pra visitar quase todas as igrejas, que acho uma lástima.
 


Acabamos não visitando o interior da Catedral (que tem ingresso pago de 17,99 euros). Fiz a conversão e dava 225 reais pra mim e minha sobrinha. Isso é um valor muito elevado pra visitar uma igreja, ainda que seja impressionante. Priorizei a visita ao Alcazár.
 
Decidi visitar o Alcázar, mas meu amigo disse que não aguentava mais ver arabescos e iria apreciar o comércio local, portanto, fui com Giovana. A fila é imensa todos os dias. Quem compra online fica na fila da entrada, mas tivemos que seguir para a fila da bilheteria (só vende ingresso para o próprio dia). O ingresso custa 19,75 euros. Precisava do passaporte, mas não tinha levado, contudo, aceitou a foto no celular. Deixei minha sobrinha na fila da entrada e fui comprar água, quando voltei ela já tinha deixado algumas pessoas passarem e entramos. 











O núcleo do Alcázar foi construído no século 10 como palácio do governador muçulmano e ainda é usado como residência da família real espanhola na cidade. Construído e reconstruído desde a Idade Média até os dias atuais, o Alcázar é composto por um conjunto de edifícios palacianos e extensos jardins.
 












 




O Real Alcázar está situado no Patio de Banderas. A palavra "alcázar" tem origem árabe e pode ser traduzida como castelo ou palácio. É uma combinação entre a arquitetura Mudéjar, gótico e renascentista. No século X o califa de Córdoba, Adb al-Rahman III, ordenou a construção de um palácio fortificado para servir de sede do governo. Com o passar do tempo, mais doze palácios foram construídos e demolidos. A dinâmica mudou consideravelmente quando os cristãos tomaram Sevilha. 
 
 



Saímos do palácio após às 16h e já estávamos tontas. É  enorme com muitos detalhes. Sentamos no jardim e paramos algumas vezes para hidratação e descanso. E não entramos no Arquivo das Índias, que fica ao lado e tem entrada gratuita, pois estávamos muito cansadas. 

Pensei em procurar um restaurante perto, mas não sabíamos se ainda teria almoço ou se estariam fechados para siesta, portanto, acabamos entrando novamente em um 100 Montaditos. Pedimos alguns sanduíches e bebidas.

Ainda fomos num supermercado porque Giovana queria comprar alguns chocolates para trazer. 
 
11º DIA - SEVILHA-RIO

 

Nosso voo de retorno era às 9h, então saímos do apartamento por volta das 6h. Anteriormente fizemos simulação e o uber dava 20 euros (também tem a opção de seguir para o aeroporto de ônibus ou trem, mas teríamos que andar com malas até a rodoviária ou estação). Deu 36 euros, talvez pelo horário, ainda estava escuro. E foi a pior experiência de uber durante a viagem: assim que entrei senti um perfume de limão, mas de repente senti cheiro de vômito no cinto de segurança. Falei com minha sobrinha que começou a tapar o nariz. Pensei em pedir o motorista para parar, mas estava escuro, poderia cobrar a corrida ou termos dificuldade pra conseguirmos transporte no meio do nada. Como foi meu amigo que chamou, avaliou com 1 estrela, porque eu faria reclamação. Já não tinha roupa sobrando (levei uma malinha pp), então, troquei a camisa por outra porque o cheiro ficou impregnado.

Lugares que estavam no nosso roteiro e não conseguimos visitar:

  • Catedral de Sevilla
  • Palácio de las Dueñas. 12 euros adulto, estudante 10.
  • Mercado de Triana
  • Plaza de Toros
  • Casa de Pilatos (12 euros)
  • Casa Murillo http://www.murilloysevilla.org/


Acho que aproveitamos menos Sevilha que as cidades anteriores. Estou com o joelho lesionado (cartilagem e menisco), que começou a me dar alguma dificuldade para andar o dia inteiro, subir escadas. Sentimos muito calor durante a viagem toda (sempre acima de 38 graus, chegando a 43) e também parávamos mais tempo na hospedagem pra descansar. 
 
No final da viagem, perguntei qual cidade cada um gostou mais e as respostas foram distintas: Giovana amou Córdoba, preferi Málaga e Victor gostou de Granada.  
 
A Andaluzia é uma excelente opção de viagem curta para quem tem poucos dias na Europa.

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