EUA

New York, 3ª parte

17 de setembro era o grande dia: show da Madonna, portanto, nossas atividades não poderiam ser exaustivas. Acordamos, seguimos até o Jack´s World (110 W 32nd St) ou paraíso de compras para os desprovidos de muitos dólares. A loja vende de tudo, de alimentos a malas. Os preços são muito convidativos. Pringles a 1 dólar, sorvete Häagen-Dazs $1,99, pão sírio a 1 dólar.  


Seguindo a dica da Carol, entramos na loja da grife japonesa Uniqlo (34 st.) que tinha incontáveis camisas e casacos com estampas de Warhol, Haring e do meu amado Basquiat (os 3 artistas fizeram fama na "Big Apple"). Para homens, vi t-shirts por apenas $9,99, mas, para mulheres, custavam, no mínimo, $19,99. Controlei o impulso (queria todas) e adquiri apenas 2. Na seção infantil, achei uma camisa de manga do Haring e um short para minha sobrinha. 

O único passeio do dia seria ao Central Park, pois teríamos que poupar energia para o show. O dia estava lindo e ensolarado, caminhamos por alguns minutos, assistimos uma partida de beisebol e descansamos na sombra. 





Giovaninha foi ao Central Park!


Uma dica interessante de NYC é visitar as farmácias que estão por todas as partes da cidade (CVS pharmacy, Duane Reade e Walgreens), pois são shoppings que vendem absolutamente tudo o que podemos imaginar. Encontramos vários andares com comida, artigos de beleza, etc. Acredito que são muito procuradas também pela escassez de supermercados em Manhattan (só existe uma loja da Target no Harlem).

Após apreciarmos o Central Park, voltamos para o hotel, com o intuito de descansarmos para o tão aguardado show (estávamos em NYC para isso!). Foi um dia bem complicado, pois comecei a sentir fortes dores, tomei todos os remédios disponíveis e ainda morria de cólica. Cochilei e a dor não passou. Por volta das 19 horas (o show começaria às 20h), Leo já estava pronto. Levantei e fui à farmácia novamente, comprei o que era necessário (sofro de endometriose profunda) e voltei. Corri para o banheiro, deixei a água fervendo cair sobre minha barriga e me arrumei. 


Estive no Madison Square Garden, em 2009, para assistir ao espetáculo “The Circus”, da Britney Spears. Na época, cheguei minutos antes do show e comprei o ingresso, mas optei por um lugar na arquibancada, muito distante do palco. 

Estávamos a uma quadra do "The garden", portanto, chegamos em 2 minutos. Passamos pela segurança e, assim que entramos, percebemos que os nossos lugares eram exatamente ao lado da passarela! Estaríamos cara a cara com a rainha do pop! 

Dessa vez não comprei nada na lojinha!
 
É impossível comparar um show com o lugar marcado no Madison Square Garden (uma arena com capacidade para 18 mil pessoas) com os shows das duas últimas turnês (MDNA e Sticky and Sweet Tour). Na S&S, vi 2 shows no Maracanã e 1 no Morumbi, mas o esquema era desumano, chegar cedo, não poder ir ao banheiro, ficar sem beber água, depois aguardar por mais de 8 horas sem poder se mexer. Na tour de 2012, tive mais sorte, pois fui escolhida para ficar no “golden triangle” (lugar VIP na frente do palco reservado para cerca de 200 pessoas selecionadas) em dois shows, por sorteio na fila do show na Cidade do Rock, e, posteriormente, por foto com ingresso, para ver no Estádio Olímpico Monumental.   
A atriz global, Leo, Giovanni e eu
O show em NYC tinha muitos artistas na plateia: Sean Penn, Ariana Grande, Alicia Keys, e a abertura foi com a comediante do momento: Amy Schumer. Aproveitamos que o lugar era intocável (os seguranças retiram qualquer esperto que queira ficar em lugar não compatível com o constante no ingresso), fomos ao banheiro e aproveitamos para ver os demais fãs. Os new yorkers são fãs muito contidos, mas possuem um estilo incomum. No caminho, Leo reconheceu o diretor criativo da Madonna, Giovanni Bianco, que estava acompanhado de uma mulher. Leo disse para ela também “entrar” na foto, mas não tinha reconhecido, só depois vi que era uma atriz global.  
Amy

Peloamordedeus! Quando ela chegou perto, cantando "Like a virgin", quase infartei.

Em Deeper and Deeper (ela sorriu enquanto me esgoelava) e Burning Up gritei horrores com a proximidade DELA:


Os cenários e os figurinos da “Rebel Heart Tour” são elegantes. Confesso que, desde o álbum “Ray of light”, não consigo gostar de todas as músicas de um CD da Madonna. É claro que sempre deixo que algumas canções me seduzam, sem muita paixão. O último álbum, “Rebel Heart”, tem uma sonoridade muito melhor que os 2 anteriores, no entanto, só sabia cantar 2 músicas, que não entraram no setlist, portanto, sem qualquer constrangimento, me declaro uma fã dos clássicos dela. Amo a postura enquanto artista e seu talento é inigualável. Pude aproveitar muito enquanto cantou Deeper and Deeper, Burning up, True Blue, Like a virgin, La isla bonita, Dress you up, Into the groove, Everybody, Who´s that girl, Music, Material girl e Holiday. Foi um dia memorável! 
Minhas fotos ficaram péssimas. Minha câmera está pedindo aposentadoria. O celular ainda captou alguma coisa.


No dia seguinte, programei uma visita ao Storm King Art Center, que contarei num post apartado.

Minha previsão era retornar a Manhattan por volta das 18h, que daria tempo de aproveitar a gratuidade em dois museus: Whitney e MoMA, no entanto, retornamos por volta das 22h! Cheguei no hotel e nos arrumamos. Aguardamos Carol e Wendel e seguimos para o Rock Bar (185 Christopher St), em razão da festa “Madonnathon”. A boate fica na mesma rua do famoso bar “Stonewall Inn”, local de manifestações em decorrência da violência policial, que foi o estopim para os demais movimentos de libertação LGBT. Chegamos no bar por volta das 2 da manhã e ficamos até o fim da festa. Depois caminhamos pelas ruas até encontramos uma lanchonete aberta. Comemos pizza num “podrão” indescritível.  


No dia seguinte, 19/09, tinha programado uma ida ao Brooklyn. Aguardei Carol por quase 3 horas e não apareceu, pois havia confirmado que também iria. Peguei o metrô até a estação High Street e segui para o Brooklyn Bridge Park, que é um espaço muito pictórico com inúmeros ângulos e possibilidades para quem gosta de fotografar. Dali era possível visualizar a Brooklyn Bridge e a Manhattan Bridge, duas pontes famosas em NYC. Nas margens do Rio Hudson, vi diversos casais posando para fotos de casamento, uma menina vestida para suas fotos de 15 anos, além de ter uma festa da casamento acontecendo naquele local. 



Dumbo (down under the manhattan bridge overpass), região no Brooklyn próxima às duas pontes, é um lugar agradável, com prédios altos, ruas largas e muito verde. Queria conhecer melhor o distrito, mas estava faminta e ainda tinha que fazer a travessia. Entrei no “Front Street Pizza” e pedi 1 fatia de pizza, 1 focaccia e 1 limonada. Além do lanche fresco e saboroso, o valor era inferior ao cobrado em Manhattan. Ali, pela primeira vez, algo me incomodou: um homem com uma enorme bolsa, que fazia sua refeição, falou comigo por 2 vezes, mas parecia um gângster (juízo de valor, ok) e me olhava de forma muito estranha. 

Comecei minha caminhada pela ponte, que estava repleta, pois era sábado. Centenas de pessoas estavam disputando um espaço ínfimo. Apesar do calor, o passeio é um deleite para os olhos, pois é possível contemplar todas as construções de Manhattan (por isso preferi fazer o caminho partindo Brooklyn para Manhattan, não o contrário). O fluxo contrário era muito maior, que me deixou aliviada pela minha escolha. No retorno, antes de entrar no metrô, caminhei pelo City Hall Park




City Hall Park
Naquele dia fomos em 2 boates, primeiro seguimos para o Posh Bar (poshbarnyc.com/), mas a música e o ambiente não eram tão agradáveis. Saímos e seguimos de táxi para o Phoenix Bar, no East Village. Estava lotado, pois acontecia uma festa “madônnica”. Saímos de lá por volta das 5 da manhã e caminhamos muitas quadras até encontramos um Papaya Dog (2 hot dogs e refrigerante por $4.99), ideal para saciar a fome na madrugada. O atendimento é péssimo, mas o "dogão" é bom. O East Village é incrível na madrugada, observei figuras fascinantes. 


 


Acordamos tarde no domingo (sou uma pessoa diurna quando viajo, começo meus roteiros cedo e não termino tarde, portanto, pela primeira vez, pude aproveitar o lazer noturno) e decidimos que o dia seria para as compras na loja Century 21, Victoria´s Secret (não fui comprar para mim, risos) e outros. 

Apenas no último dia decidimos comer num restaurante próximo, "The cafe R" (32 St.), como muitos estabelecimentos em NY, parece um armazém. Tinha uma "ilha" de massas, de comida asiática, de saladas, de carnes. Experimentei o "Penne a la vodka", o sabor e o preço eram ótimos: 7,95 dólares, consequentemente, mais barato que comer hambúrguer no Wendy´s.

No dia 21/9, acordamos cedo, tomamos café da manhã e fizemos o checkout. O meu voo estava marcado para 14:53h e o do Leo apenas 18h, mas, ele optou em seguir comigo mais cedo para o aeroporto. A United determina que o próprio passageiro despache as bagagens no La Guardia. Tinha certeza que a minha mala não chegaria junto comigo, mas chegou. Quando terminei, me despedi do Leo e segui para passar pela checagem de segurança.

Em razão de alguns fatores, muitos sítios que constavam no roteiro não foram visitados (o novo museu Whitney, pois só visitei quando ficava próximo ao MET, Top of the rock, Cooper Hewitt - museu de design, Morgan Library & Museum, New Museum, 9/11 Memorial, Boat Basin Café), garantindo, portanto, num futuro distante, mais uma visita a NYC.

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