Bogotá

Bogotá, uma cidade pra nunca mais voltar...

Voltaria da Cidade do México pela Avianca (excelente companhia aérea - se compararmos com as nacionais - com conexão obrigatória na Colômbia), portanto, decidi fazer um stopover de 4 dias em Bogotá. Contei com a calorosa hospitalidade do meu amigo Kadu (que conheci no Orkut, em uma comunidade da Madonna, há anos).

Admito que ainda quero visitar Cartagena das Índias, na Colômbia, no entanto, jamais pisarei novamente em Bogotá. Fiquei com uma péssima impressão desde que cheguei no aeroporto.
 
Museo Botero

Fui avisada pelo Kadu para pegar o táxi apenas no guichê, no entanto, um taxista "amistoso" disse que o preço seria o mesmo com ele. Saí da fila, com a mala, e fui. Só que o táxi já vinha com outro motorista (imagine o drama, pois já era 23h) e os dois ficaram no banco da frente. Só depois li sobre o famoso "táxi milionário" ou "passeio milionário" - que é um sequestro relâmpago para roubar as vítimas. E acho que só não tentou me sequestrar porque disse que me hospedaria na casa de amigo que estava me esperando e sabia o horário que chegaria. "Apenas" me cobrou 3 vezes o valor da tarifa normal. Após o retorno pra casa, li um alerta no site do Ministério das Relações Exteriores sobre os táxis colombianos.

A cidade é organizada, tem um excelente planejamento arquitetônico: a maioria das casas e apartamentos são de tijolinhos. As ruas são numeradas, facilitando a localização.

La Candelaria

Centro Cultural Gabriel Garcia Marquez
Péssimo: não tem metrô. Tentei, juntamente com o meu amigo (que nunca andou de ônibus por lá, pois morre de medo), andar de TransMilenio (ônibus com paradas predeterminadas), mas o ponto mais próximo da casa dele era muito distante. O táxi, quando chamado pelo telefone, não tem perigo. Mas na rua...

Estive em dois shoppings e o esquema de segurança é pesado. No primeiro, Atlantis Plaza, no coração da Zona Rosa, fui com meu amigo de carro: abrem as portas e deixam o cachorro cheirar. No segundo, a pé: passei por um detector de metal.  

A Zona Rosa é um bairro muito bonito, com lojas de grife, bares, ruas movimentadas. Acredito que seja o melhor ponto da cidade para quem quer turistar. O namorado do meu amigo preferiu comer no Hard Rock e acabei não conhecendo, por dentro, o famoso restaurante "Andrés Carne de Res" (a matriz fica numa cidade próxima: Chía).
 
Zona Rosa
Andrés Carne de Res
Caminhei por La Candelaria, no centro, e fiquei tensa pela tensão do meu amigo (ele abraçava a própria bolsa), que me recomendou não pegar a câmera para fotografar! Lá visitamos o Museo Botero, que é realmente muito bonito. Além de trabalhos do artista, também encontramos obras internacionais. O Museo del Oro tem peças interessantes. Novamente uma pequena tensão: aos domingos o museu tem entrada gratuita, que facilita os furtos. Kadu falou alto que um homem estava se aproximando demasiadamente pra me furtar - ou seja, fim do sossego até mesmo dentro de um museu!

Museo Botero
Museo del Oro


Para ter uma visão de 360 graus da cidade: visite o Cerro Monserrate. A subida é realizada por teleférico ou bondinho, dependendo do dia da semana. A temperatura é sempre baixa em toda a cidade, em razão da altitude e, lá em cima, costuma ser pior. Tinha alguns pesos no bolso do casaco, que, misteriosamente, após alguns colombianos pedirem para tirar fotos comigo, sumiram!

Não preciso dizer que, na volta, sozinha e sem ter como chamar o táxi por telefone, levei outro golpe de taxista: dei uma nota de 50 e ele disse que dei 5 (depois li que é outro golpe comum na Colômbia!), ou seja, além de cobrar 3x o valor normal (paguei 12 na ida, pois Kadu chamou por telefone), ainda tive que pagar 2x. E, como não tinha mais pesos colombianos, dei uma nota de dólar, que o taxista fez uma conversão que perdi muito. Novamente, me senti refém do crime naquela cidade.

Cerro Monserrate



Arepa (pão feito com farinha de milho) com agua de panela (água e rapadura)

Na época, pelo facebook, alguns conhecidos falaram que não tiveram problemas por lá. No entanto, é necessário lembrar que sou mulher e viajo sozinha. Para concluir, o imperdível mesmo, em Bogotá, é tomar um suco natural de mandarina (tangerina) no bom restaurante da rede "El corral". 



Não fiquei traumatizada como parece, no entanto, não posso recomendar uma cidade como Bogotá para uma solo traveler. Todas as situações ocorridas serviram para me fazer ter muito mais atenção nos lugares que visito, além de me forçar a pesquisar mais sobre os golpes de cada lugar. Algum tempo depois da viagem, meu amigo foi transferido para os EUA, e ele estava muito ansioso, por ter levado coronhada na cabeça, além de sofrer outros problemas naquela cidade (a empresa dele, uma multinacional, determinava até a instalação de porta blindada nos apartamentos).

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