Foz do Iguaçu

Minha visita a Foz do Iguaçu, uma das novas Sete Maravilhas da Natureza, duraria 4 dias, no entanto, na semana anterior, resolvi alterar a passagem para voltar 1 dia antes. Minha “missão” era visitar o Parque Nacional do Iguaçu, no Brasil, Parque Nacional Iguazú, na Argentina, comprar muambas no Paraguai (quem resiste?) e visitar o Parque das Aves.

Como estava programando outra viagem, não peguei qualquer informação sobre os lugares que visitaria, apenas reservei um hotel na decolar.com (que não quis me devolver uma diária, embora o mencionasse que o cancelamento era sem custo) e peguei uma passagem com milhas smiles. Tinha gastado 6 mil milhas (ida e volta), mas paguei 100 reais para remarcar a passagem para um dia antes. O motivo para antecipar 1 dia é que passaria o meu aniversário em Foz, mas o problema não era esse (não comemoro aniversário), no dia seguinte viajaria pra Europa. Ficaria muito corrido.

Sabiamente, antes de sair de casa, troquei a mala por uma bolsa esportiva (mais fácil para locomoção, embora a melhor opção fosse uma mochila). Estava disposta a poupar. Fui para o Galeão de ônibus de linha! rs

Cheguei no aeroporto de Foz às 13:10h - o hotel tinha cobrado, acreditem, R$125,00 para me levar do aeroporto direto para o Parque Nacional, mas refutei, obviamente – e fui falar com uma faxineira, perguntei se o ônibus circular me deixaria no parque e se tinha lugar para guardar a minha bolsa, ela disse que sim e correu para fazer sinal pro ônibus, que já estava lá. Em 3 minutos estava na porta do Parque Nacional, gastando R$1.60!!!

Olha a escadinha que eu tive que descer e...subir.


Entrei no banheiro, troquei de roupa, passei um perfume (risos) e fui na loja comprar a ficha pra trancar minha bolsa num armário - custou R$8,00. Peguei o ônibus panorâmico dentro do parque e desci para fazer um passeio de barco de R$80,00, não o conhecido macuco safari, que custa mais. Ou seja, me f***: tem uma escada-caracol de 50 metros de altura, que desci e depois subi. Tem que andar por cima das pedras até chegar no rio. Deixei todas as minhas coisas na plataforma, menos o passaporte e o dinheiro, que molhou tooooodo! O barco entra debaixo das quedas! Incrível!!! Adorei. Um casal de meninas, que estava no meio de um mochilão, tirou várias fotos. Anotaram meu e-mail, mas jamais enviaram os arquivos. Uma pena.

Hotel das Cataratas, o único dentro do parque, do lado brasileiro
O ônibus que pega na entrada e deixa em outros pontos do parque
 
Por volta das 18:00h lanchei e já estava acabada, sem menor ideia como chegaria no hotel para fazer o check-in e descansar. Perguntei se o ponto final do ônibus era no centro, diante da afirmativa, entrei. E, por sorte, o ponto final ficava a uma quadra do hotel best western, onde me hospedaria. Gostei da localização. Tinha piscina, Wi-fi, cofre, bom restaurante e excelente café da manhã.

Sou resistente quando o assunto é comida, mas é provável que o sanduíche tenha me deixado enjoada. Após o banho, senti o estômago embrulhado. Perguntei ao segurança e tinha farmácia aberta. Ele me indicou uma 24 horas que ficava próxima. As ruas eram escuras, mas segui caminhando. Comprei um remédio efervescente e vomitei. Foi horrível. Em poucos minutos já estava me sentindo bem. Desci pro restaurante do hotel e  pedi um massa (muito boa, por sinal), para me recompor.

Não tinha muitas opções...


 

No dia seguinte, após o café, fui pra rua e descobri que o ponto do ônibus ficava em frente ao hotel, me informaram que ali passava o “puerto iguazú” com destino a Argentina. Precisa passar pela imigração, com identidade (no máximo 10 anos de emissão) ou passaporte - tem gente que esquece... Depois é necessário pegar outro ônibus até o parque (lembre-se: a entrada só pode ser paga em pesos!!!). A viagem demora algo em torno de 2 horas.

O parque argentino é mais bonito que o brasileiro, na minha opinião. E tem a possibilidade de ficar em cima da maior queda das cataratas, a garganta do diabo. Você sente a magnífica força da natureza. Li que precisava esperar 1 hora pelo trenzinho (dentro do parque), mas tive sorte, não estava muito cheio e nem tive que esperar em qualquer momento: era domingo de Páscoa. Infelizmente não tinha água o suficiente para fazer outro passeio de barco.
Estação do trem dentro do parque
 







O Hotel Sheraton do lado argentino do parque
 
Cheguei no hotel às 17:30 e fui aproveitar a piscina. Depois fui num hostel que ficava próximo, pra comer pizza e socializar.

Na segunda-feira acordei às 5:00h, tomei café e fui procurar um ônibus para “Ciudad del Este” – que é uma cidade pavorosa. Entrei no bus, na av. Juscelino Kubitschek, sem saber exatamente em que local descer, mas tive sorte, em 1 hora consegui comprar a câmera e o Nintendo Wii (já fui com o endereço da loja e preços). Sugiro pesquisar as lojas antes. Dois estabelecimentos que visitei: http://www2.megaeletronicos.com/lista e http://www.casabo.com.py/

Às 9h estava no hotel, de retorno do Paraguai, pra tomar café novamente e fazer o check-out. Peguei minhas coisas e caminhei para o ponto final do ônibus que leva até o Parque Nacional do Iguaçu, onde desci e guardei meus pertences. E, com uma curta caminhada, cheguei ao Parque das Aves, que é lindo e muito bem cuidado! Fiquei por lá até a hora de ir pro aeroporto. 


Caminhei ao lado de tucanos, entrei num imenso viveiro com araras coloridíssimas, pude fazer poses com uma arara no braço e no ombro. Tinha ouvido falar que também era possível interagir com cobras, mas não tinha visto nada exposto. Perguntei sobre as serpentes ao cuidador das araras, que me informou que o cuidador das cobras não tinha ido ao parque naquele dia. Perguntei se ele não poderia pegá-las para mim. Depois de muita insistência, eis que surge uma caixa enorme cheia de cobras! Aproveitei a presença de dois turistas, um grego e um espanhol, que tiraram as fotos pra mim.


  

Depois fiz um breve lanche no restaurante do parque e aguardei o voo de volta, que estava marcado para 16h, mas tive que chegar 2 horas antes, por causa da enorme fila. Ufa! O parque fica praticamente ao lado do aeroporto.

Viajar sozinha pode ser bem divertido. Basta um pouquinho de coragem e disposição. Você tem a oportunidade de conhecer muitas pessoas. Encontrei um casal, por volta dos 65 anos, no parque Argentino e caminhamos juntos o dia inteiro. Um dia, na piscina, conheci duas mulheres de São Paulo, que exaltaram a coragem de quem viaja só. No mesmo dia, fui a um hostel nas proximidades e convidei a recepcionista/garçonete para comer a pizza comigo.





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