Madonna e a fotografia


 "Pode ocorrer que eu seja olhado sem que eu saiba, e disso eu ainda não posso falar." 
Roland Barthes


A fotografia se apresenta como prolongamento da mão do artista, recriando uma realidade que "sempre foi interpretada através de registro fornecido pelas images", nas palavras de Susan Sontag [2]. Como já disse Barthes [1], a fotografia tem alguma coisa a ver com ressurreição, que nos remete ao fenômeno contemporâneo da "releitura", isto é, a reinterpretação de uma obra. Madonna, sempre em consonância com o seu tempo, utiliza dessa linguagem para compor os quadros dos seus clipes ou o material gráfico dos álbuns.

Na véspera do lançamento do seu novo álbum, MDNA, surgiu mais uma referência na carreira da artista, agora para o material gráfico do álbum, seria inspirado no trabalho do fotógrafo norte-americano Erwin Blumenfeld:

Fotografia de Erwin Blumenfeld

Capa da versão "standart" de MDNA

Na época do lançamento do clipe de "Hollywood", Madonna foi acusada de plágio em razão da semelhança com o trabalho do fotógrafo francês de moda Guy Bourdin.

Fotografia de Guy Bourdin
Clipe "Hollywood"

A artista também é inspiração para renomados fotógrafos de moda, como Steven Klein, que trouxe a exposição "USAnatomy", apresentada no Mube; David LaChapelle, que apresentou "Heaven to Hell: belezas e desastres" no "Oi Futuro"; Mert & Marcus (diretores do clipe "Girl Gone Wild", lançado na semana passada); Pierre et Gilles, que mostraram a "Apoteose do sublime" no "Oi futuro"; Mario Testino, fotógrafo de celebridades, não esqueceu de Madonna no livro "Let me in"; por outro lado, também foi clicada pelo gênio Warhol, com sua polaroid.

Purple Dragon, Fireball and Madonna, de David LaChapelle

USAnatomy
Polaroid de Warhol
Legend, de Pierre et Gilles



[1] Barthes, Roland. A câmara clara.
[2] Sontag, Susan. Ensaios sobre a fotografia.

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