Aruba

Aruba é um país insular conhecido como "One Happy Island" (uma ilha feliz). Fica a 25 km da Venezuela. É autônomo com seus próprios poderes legislativo, executivo e judiciário. Tem cerca de 105 mil habitantes e é economicamente estável com baixa taxa de criminalidade. É uma das menores ilhas do Caribe com 193 km2.


Os primeiros habitantes foram indígenas da tribo Arawak da Venezuela. Em 1499 iniciou a colonização espanhola. Os holandeses conquistaram a ilha em 1636. Apenas em 1845 passou a fazer parte das Antilhas Holandesas, se separando em 1986, quando se tornou um Estado Especial. 
 
 

Aruba ainda pertence ao Reino dos Países Baixos, que controla a Defesa Nacional e as Relações exteriores, mas os assuntos internos são controlados pelo governo de Aruba. 
 
É uma das três ilhas holandesas que ficam próximas da costa venezuelana. Junto com Bonaire e Curaçao são denominadas as "Ilhas ABC". A maioria das pessoas visitam duas ilhas, Aruba e Curaçao, na mesma viagem. Curaçao costuma ser descrita como uma ilha mais bonita, em razão da coloração do mar, contudo, se torna essencial a locação de um automóvel, todavia, não dirijo, logo, descartei numa viagem solo.
 
Tendo em vista que era mês de outubro, escolhi um local que não estava na rota dos furacões.
 
 

Após marcar minhas férias, pesquisei vários destinos, mas as passagens estavam exorbitantes. Tinha apenas 11 dias de férias, sendo assim, teria que ser um destino que fosse possível  conhecer em poucos dias.

Como me interesso por diversos lugares, acabei perdendo o foco, fiz consultas sobre passeios em agências da Guatemala, Jordânia e Bolívia! O tempo passou e já estava de férias. Fiquei super deprimida, pois viajar é algo que anseio. 

Comprei a passagem na tarde de uma quinta-feira para viajar no dia seguinte, na sexta-feira! É um recorde absoluto de pouco tempo para organizar uma viagem. Decidi que ficaria 3 dias na Cidade do Panamá e 4 dias em Aruba. 
 
Descobri que precisava pedir a permissão de viagem de Aruba (https://edcardaruba.aw). No site dizia que deve ser pedido dentro dos 7 dias que antecedem a viagem. Havia uma informação que a resposta iria para o e-mail. Fiquei ansiosa para saber se chegaria antes da viagem para que pudesse levar também impressa.

Atualmente não precisa fazer pagamento de seguro médico. Os passos são os seguintes:

• Digite as informações do passaporte.
• Insira as informações do viajante;
• Responda a perguntas sobre saúde;
• Aceite os termos e condições;
• Revise a inscrição preenchida;
• Receber aprovação.

Não precisei aguardar aprovação por e-mail. Assim que terminei o preenchimento do formulário apareceu um link para fazer o download do documento. Na permissão veio meu nome completo, um número de permissão, um QR code e a informação que estava qualificada.
 
 
 
A moeda oficial de Aruba é o Florim arubano. Acontece que o dólar é amplamente aceito no país, 1 dólar = 1,75 florins. Tendo em vista que passaria poucos dias, preferi pagar tudo em dólar, mas para quem vai ficar mais de uma semana é melhor fazer câmbio, pois, em geral, alguns lugares arredondam e acabamos perdendo dinheiro. 

Tinha a opção de fazer a conversão de Florim no cartão Wise. Quando estava lá o próprio aplicativo me avisou que tinha a disponibilidade da moeda. 

Os bons hotéis em Aruba são bastante caros, mas tem opção de pousadas e muitas casas de temporada. E ainda, tem um imposto de 9,5% sobre o total + taxa de 3 dólares por dia de hospedagem. 
 
Pela minha pesquisa, o melhor custo-benefício seria Airbnb, mas precisaria entrar em contato com o dono, principalmente porque alguns buscam no aeroporto, mas também para saber como chegar no local. 
 
A regiões com os melhores acessos na ilha são Oranjestad, que é a capital do país. É a região mais próxima do aeroporto e com maior comércio. A maioria das pessoas optam por ficar nas praias Eagle Beach ou Palm Beach, sendo que as maiores redes hoteleiras com resorts all inclusive ficam na segunda.
 
Tendo em vista que estava na Cidade do Panamá, meu voo pela Copa Airlines durou apenas 1h. É preciso apresentar o certificado internacional de vacinação da febre amarela. Após passar pela imigração, cheguei no hall do aeroporto por volta das 15h.

Fiz uma breve pesquisa sobre como sair do aeroporto. O transfer reservado no site Viator ou Get Your Guide custava 20 dólares ida e volta, deixando nos principais hotéis de Orajestad, Eagle e Palm Beach. Tinha visto duas empresas que fazem transfer coletivo: El Tours e De Palm. 

Assim que cheguei perguntei para uma funcionária da De Palm e me disse que só aceitam reservas feitas pela internet. Sabia que os táxis têm preços tabelados e o valor até o meu hotel seria de 22 dólares. Nunca pagaria o referido valor, pois o hotel ficava apenas 3 km de distância.
 
Recorri ao "plano B" para sair do aeroporto: o ônibus. Não tem ponto dentro do aeroporto. Pedi informação duas vezes para encontrar o local e para saber o sentido que deveria esperar a condução. Atravessei 3 pistas e aguardei. Demorou uns 20 minutos e apareceu o ônibus. Fiz sinal. Deixei dinheiro trocado: 2,60 dólares. Meu objetivo era seguir até o ponto final, depois voltar andando até o hotel, mas segui o trajeto do ônibus pelo GPS do app mapsme (não comprei simcard/chip em Aruba) e vi que estava próximo ao hotel. Mostrei ao motorista e disse que me deixaria próximo. Fiquei a 100 metros do hotel, numa rua paralela. Ainda apontou para o posto de gasolina e disse que minha hospedagem ficava ao lado. Perfeito!
 
 
O hotel reservado foi o Victoria City Hotel, em Oranjestad. Fiz a reserva no Booking e lá consta que o valor total com imposto e taxa ficava 295,82 dólares. Tive problema no check-in, pois quando falei que pagaria com o cartão Wise, que é débito, queriam cobrar 10 dólares a mais, mas não tive essa informação prévia. Disse que não pagaria. O gerente decidiu não cobrar. Na primeira tentativa o Wise não passou. O próprio app indicou que tinha um limite para um único pagamento. Então paguei 275,82 dólares no cartão Wise e 20 dólares em dinheiro.
 
 
O quarto é pequeno, mas tinha tudo o que precisava. Cama confortável, wi-fi, tv com a programação da Venezuela, ar-condicionado split, frigobar. O banheiro estava reformado, tinha lido que o chuveiro não esquentava, mas ao tomar banho vi que não tem como controlar a temperatura da água, no entanto, não é gelado (só tomo banho fervendo, sabia que seria o momento mais difícil pra mim).  Quase nenhum hotel oferece café da manhã e esse tinha incluso no restaurante ao lado (do próprio hotel).
 
Tomei banho, coloquei o maiô para decidir se já iria à praia no primeiro dia. A 100 metros do hotel fica fica o ponto do bonde (Downtown Trolley). É um passeio totalmente gratuito. Percorre 1,5 km no Centro da cidade. Pode descer e subir em qualquer uma das 6 paradas. Como estava muito calor, fui no primeiro andar. Pensei que nos próximos dias viajaria novamente e poderia seguir no segundo andar. Acabou que fiz o trajeto sempre caminhando.
 

 
Acredito que a pandemia tenha afetado a ilha, pois muitas lojas do centro estavam fechadas. A minha sensação é que era um local totalmente cenográfico. Desisti de ir à praia, pois o tempo ficou nublado. Admito que estava um pouco decepcionada num primeiro momento. 
 



 
Voltei caminhando e parei na lanchonete "The Pastechi House", que vende pastechis (parecem pastéis, mas como a massa mais adocicada). Comi 2 de pizza (pepperoni e parmesão) e tomei um smoothie de morango (5 dólares). Só aceitava dinheiro em espécie. Os preços estavam descritos em Florim e ficou evidente que o arredondamento para o dólar é vantajoso para eles. 1 pastechi é 3 florins, mas em dólar ficou 2 dólares = 3,5 florins. O local tem muitos pombos sobrevoando, mas sentei ali porque li comentários que era o melhor acepipe da região.
 
 
Sobre culinária, soube que antigamente comiam sopa de iguana, mas foi proibido. Fazendo uma pesquisa li que ainda vendem em um trailer frequentado pela população local. Arriscaria?
 
Decidi caminhar até um supermercado perto do hotel, Lee Feng Supermarket (a maioria dos mercados são chineses). Primeiro achei o local sem higiene, sem ar-condicionado. E os preços são absurdos. Lembro que quatro maçãs custavam 8 dólares! Peguei um suco (4 dólares), uma Coca-Cola pequena (3 dólares) e uma água. Na hora de pagar disse que só aceitava cartão a partir de 15 dólares. Deixei tudo por lá.

Resolvi beber a água da torneira, pois em Aruba é totalmente potável desde 1928, quando foi construída a primeira usina de dessalinização do mundo, já que não tem fonte de água doce na ilha. Pegam a água do mar e transformam em água doce, após o referido processo, é desinfectada e recebe minerais para ficar própria para o consumo humano. 

Escureceu e fiquei com fome. O centro fica deserto. O atendente noturno do hotel me deu uma dica de ouro! Falou que o restaurante argentino "El Gaucho" vendia hambúrguer por 4,50 dólares. Ficava bem perto. Fui caminhando. O hambúrguer com fritas ficou por 6,50 dólares! Paguei diretamente no caixa com o Wise. Sentei e fiquei esperando. Estava bom.
 

No dia seguinte, acordei e fui tomar o café da manhã. Tem um menu e você escolhe uma opção (saudades de hotéis com bufê). Pedi um sanduíche de atum com café. 
Segui caminhando até o terminal de ônibus (1 km). Lá comprei o cartão Aruba Daypass por 10 dólares, que dá o direito de pegar o transporte quantas vezes quiser no mesmo dia. Ida e volta 5 dólares (Retour card). Os cartões só são vendidos no terminal e em alguns quiosques. A passagem única (single trip) pode ser paga diretamente ao motorista por 2,60 dólares. As rotas e horários podem ser verificados no site da Arubus: https://arubus.com/
 

 
Peguei o L10A, que faz a rota Oranjestad-Arashi. Arashi é a praia mais ao norte de Aruba. Cheguei na praia por volta das 9h e estava vazia! Tinha receio de ir à praia sozinha em razão de possíveis furtos, mas deixei a canga bem próxima do mar. O mar não é morno, mas não é gelado. Super transparente e com peixinhos. Me dei conta que não tinha levado o snorkel e a câmera de ação. Fiquei ali dentro do mar por muito tempo. Uma criança holandesa veio conversar comigo (hahaha). Acho que é a segunda nacionalidade mais presente no país, após os norte-americanos. 






É importante ressaltar que o idioma oficial de Aruba é o papiamento, que é uma língua crioula de base espanhola com influência de português e holandês, falado nas Antilhas Holandesas (Aruba, Bonaire e Curaçao). Conversando com a garçonete do restaurante, soube que na escola aprendem 5 idiomas. Obrigatoriamente papiamento, espanhol e holandês, ainda optam por dois outros idiomas, que pode ser inglês, francês ou alemão. É impossível não conseguir se comunicar por lá.
 
Caminhei até Boca Catalina Beach. Embora não tenha muita faixa de areia, foi o local com o mar mais claro e com mais peixes que encontrei. Conversei com uma norte-americana de Boston que estava visitando a ilha pela 20ª vez! Disse que era o destino de férias na infância que perdurou mesmo adulta. Falou que era o lugar preferido no mundo. 
 

 
Esperei pelo ônibus e desci em Palm Beach. Na região vi as grandes redes de hotel, como Barceló, Hyatt, Holiday Inn, Hilton, Riu, etc. Entrei num shopping, depois atravessei e não encontrava o caminho da praia e tive que perguntar. É preciso passar por dentro resort Playa Linda! A praia estava completamente lotada, já que os hotéis ficam na areia. Todos com seus drinks do all inclusive. Que dureza! Foi o ponto com a água mais suja, pois também tem barcos próximos. Muitos turistas com boias enormes. 
 



 
Segui para a última praia do dia: Eagle Beach. É uma praia que sempre consta na lista das mais belas do mundo no site Tripadvisor. Confesso que cheguei estava sol e tive uma percepção, mas o tempo ficou nublado e a coloração muda completamente e não achei que tenha características exuberantes. Ali fica o símbolo do país: a árvore Fofoti. Pensei que era Divi divi, mas soube que na praia é sempre fototi.  
 
 
 
 



Conversei com um turista colombiano, mas residente em Londres, que estava ali pela 16ª vez, mas costuma voltar para visitar os parentes, pois falou que não consegue mais ver nada interessante. Estava faminta e perguntei se tinha algum lugar para comer por perto. Disse para eu caminhar por uns dez minutos que encontraria um trailer. O preço é de acordo com a carne, pois os acompanhamentos são idênticos. Escolhi frango que veio com um arroz amarelo com vegetais, um purê rosa e batatas fritas. Perguntou se poderia colocar "salsa criolla" e disse sim. 10 dólares a comida e refrigerante 2 dólares. Os trabalhadores locais comiam ali. Uma instrutora de esportes aquáticos holandesa perguntou se eu também era moradora.
 
 


Voltei e fiquei conversando com o colombiano. Contou que Aruba sempre foi um local muito seguro, mas que recentemente muitos venezuelanos chegaram sem trabalho e passou a ter alguns furtos nas praias, portanto, tem que ficar atento. A irmã foi buscá-lo na praia e depois conversei com uma médica holandesa, que tinha ido fazer estágio.

Na volta, um turista com Jeep me ofereceu carona, mas agradeci e disse que esperaria o ônibus. 
 
No dia seguinte pedi as empanadas venezuelanas (a massa é feita com farinha de milho) com um suco de laranja (era de caixa). Dormi umas 3 horas com a lente de contato e acordei com uma pálpebra muito inchada.  
 
 
Decidi perguntar na recepção sobre o espaço do café, pois tinha lido no Booking que tinha café e chá gratuitos. Hannah, que é síria e tinha chegado há menos de um mês, me levou até o segundo andar. Lá tem café, água quente, saquinhos de chá. Ficamos conversando e descobri que em Damasco ela era professora universitária, pois tem doutorado em matemática! Foi para ajudar a tia, que é dona do hotel. Perguntei sobre a chance de conseguir lecionar por lá, mas ainda não falava papiamento. 
 
Caminhei até o Museu Arqueológico de Aruba, que tem entrada gratuita. A casa foi construída em 1870, contudo, a parte mais nova em 1929. Estão expostos mais de 10 mil artefatos indígenas do período Pré-cerâmico 2.500 a.C. São conchas, pedras, ossos. Representam a vida ameríndia e espiritual, além da rede de comunicação de ligava Aruba à Europa, México, América do Sul e Central. Tem pinturas rupestres encontradas no Arikok National Park.
 






Após a visita, segui até o terminal de ônibus e peguei o L1, Oranjestad-San Nicolas (via Dakota). O percurso tem 18 km. O ônibus estava lotado. Visivelmente San Nicolas é o local onde o povo arubano vive. Casas simples. Sem fluxo intenso de turistas. 

Sabia que visitaria San Nicolas, pois é um local repleto de Arte Urbana. Assim que desci no terminal de ônibus, segui até o San Nicolas Visitor Information Center. O atendimento foi excelente. Recebi um mapa com a localização dos murais e uma breve explicação sobre a região. Inclusive existe uma feira anual de arte (ocorreu uma semana depois da minha visita): Aruba Art Fair.
 








 
Sou apaixonada por graffiti e acho um atrativo turístico imperdível. Quando queria uma foto minha, parava algum trabalhador ou transeunte e pedia ajuda. Para me refrescar, entrei na Nicolaas Store, que é uma construção de 1940. Servia de armazém, mas a partir de 2014 se tornou um café e museu. 








 
Muito próximo de San Nicolas fica Baby Beach, mas descobri que não tem transporte público desde a pandemia. Me informaram que provavelmente cobrariam cerca de 20 dólares, mas na volta poderiam cobrar até mais caro. Preferi não arriscar.

A maior aventura foi visitar Mangel Halto, pois não fica tão próximo de um ponto de ônibus. Ainda no terminal de ônibus falei com o motorista e ele prometeu me deixar o mais próximo possível. Desci e não tem passagem de pedestre, e ainda, a avenida tinha um fluxo intenso de automóveis em alta velocidade. Depois de atravessar, entrei uma rua de terra e não vi pessoas no caminho. Andei uns 15 minutos até chegar numa região de mangue. Após aquela prainha tem vários viewpoints para fotografar. Não entrei no mar, pois não tem areia. Não tinha muitas pessoas e não sabia a profundidade. Vi que muitos vão para mergulhar. A colocaração do mar ali é deslumbrante.
 





 



No retorno para Oranjestad, entrei no Renaissance Mall, subi para o segundo andar, onde fica o bar da piscina do Hotel Renaissance. Peguei meu drink e fui sentar perto da piscina. Realmente não sei como funciona o controle, mas com o calor que fazia quase mergulhei. Também entrei no Casino.




Sobre o Casino, uma dica para quem quiser trocar dinheiro é que tem uma máquina para trocar notas. É muito difícil aceitarem notas de 50 e 100 dólares no comércio local. Me falaram ainda que os arubanos só podem visitar os casinos duas vezes por mês, pois estavam gastando todo o ordenado.
 
 
Andei até o Renaissance Marketplace, que fica a uns 650 metros. O local parece ser muito agradável, mas, pelo horário, não estava muito movimentado. Fica na beira da marina com diversos restaurantes, cafeterias, cinema, casino. Bem próximo ficam as praias privadas do Hotel Renaissance. Um passeio muito popular é passar um dia na Ilha dos Flamingos. Custa 125 dólares com direito a uma refeição. Não tinha disponibilidade no site, mas dizem que se chegar às 7h da manhã costuma conseguir. Pensei bem e decidi que não faria. Se duas pessoas estiverem viajando, acredito que seja mais interessante se hospedar no hotel por um dia, pois a entrada na ilha está incluída.
 

 
Passei pelo prédio verde da Prefeitura, vi alguns monumentos e procurei por um restaurante, pois precisava me alimentar. Entrei no "Que Pasa Restaurante". Pedi uma sopa de cebola e estava deliciosa. 
 




Cheguei no hotel suada e acabada. Hannah me apresentou a tia, dona do hotel. Perguntou sobre minhas impressões, disse que não tinha conseguido ir em Baby Beach, me disse que se tivesse com tempo me levaria. Perguntou se eu gostaria de ir num dos melhores supermercados da região para conhecer, respondi que sim. Entrei no carro e fomos para o Super Food Plaza, que fica em Eagle Beach. Diferentemente do mercado que tinha entrado anteriormente, esse era limpo, com ar-condicionado e produtos de alta qualidade (vindos dos EUA ou da Europa). Comprei dois pães (ciabattas), uma embalagem de queijo provolone, uma caixa de morangos e um iogurte por 12 dólares. No retorno, devorei os morangos, pois frutas valem ouro naquele país.
 
 

 

No dia seguinte, acordei e tomei café. Fiquei pensando o que faria e decidi procurar uma agência de turismo que tivesse um roteiro passando por Baby Beach. Entrei em contato com a Fantasy Tours Aruba (https://arubafantasytours.com/) pelo Whatsapp e a resposta foi imediata. Disse que queria para o próprio dia. Falou que teria disponibilidade para o "Full Island Tour", que custa 65 dólares. Caro, mas era meu último dia e topei. Me passou um link pra fazer a reserva, mas cobrava uma tarifa e só podia via cartão de crédito. Perguntei se podia pagar em espécie. Ela topou e pediu para esperar na porta do hotel às 9:40. O atendimento foi excelente.

As paradas do "Full Island Tour" eram:

-Aruba Aloe Factory
-California Lighthouse
-Alto Vista Chapel
-Ayo and Casibari Rock Formation
-Bushiribana Gold Mill Ruins
-Natural Bridge
-Baby Beach

Me buscou no horário marcado e foi comigo até o ponto onde encontraria meu grupo, que estava chegando num cruzeiro. Inclusive chegam inúmeros navios todos os dias e deve ser a forma mais econômica de visitar Aruba.
 
Antes da pandemia tinha a Pullmantur, que fazia cruzeiros saindo de Cartagena, passando por Panamá, Aruba e Curaçao com valores baixos (menos de R$3.000,00), mas entrou em recuperação judicial em 2020, após a pandemia de Covid, e não voltou a operar. 

Meu grupo era formado por familiares e amigos. Eu era a estranha no ninho, portanto, não foi muito agradável, já que não consegui interagir com eles. E nunca vi pessoas mais consumistas na vida. Compravam absolutamente tudo em todas as paradas, de comida a lembrancinhas! 

Na Aruba Aloe Factory mostram a plantação de aloe vera (babosa) e como fazem a extração, seguem pelo museu com a história de 160 anos de produção, pela fábrica e termina na loja, com os produtos. Não comprei nada, pois um sabonete custava 10 dólares.
 
 



 
Já tinha visto o California Lighthouse no dia que estive na Arashi Beach, mas de longe. O farol recebeu esse nome em razão do S.S. California que afundou em 1910. 
 

 
A Alto Vista Chapel é uma igreja católica localizada numa colina. É curioso que algumas pessoas assistem a missa do lado de fora, pois a capela é minúscula. A original foi construída em 1950 por um missionário venezuelano, mas a atual data de 1952. Ali convertiam indígenas ao cristianismo.
 


 
Ayo and Casibari Rock Formation, como o próprio nome indica, é uma formação rochosa que pode ser escalada para ter uma vista do alto da ilha. Caiu um temporal que todos correram para se abrigar. Aproveitei para ir no banheiro, pois era o primeiro gratuito no caminho. 
 
 
Natural Bridge é uma ponte formada naturalmente a partir de calcário, fica localizada no Parque Nacional Arikok. Estava interditada, pois tem risco de desabamento.
 



Por fim, fomos para Baby Beach. Chegamos por volta das 14h. O guia informou que iria em casa almoçar e voltaria às 16h para nos buscar. Todos avisam sobre o risco daquela praia, pois é muito rasa, no entanto, a partir de certo ponto ela fica muito profunda com corrente e teve uma morte recente. Agora tem uma corda para indicar o limite. Me assustei quando estava com o snorkel, pois quando levantei a cabeça estava na parte funda. Tinha muitos peixes.
 








Caminhei até um famoso bar da praia, Rum Reef Beach Aruba, que sempre aparece nas fotos do Instagram. Choveu no caminho. O bar é simples, mas tem uma piscina de borda infinita e no ângulo das fotos para que se integra com o mar. Ao consumir 15 dólares o acesso à piscina é gratuito. Não entrei.


Foi a única praia que fui atacada por algum inseto muito pequeno. Uns mosquitinhos que nem dava pra ver direito. 
 
Descobri que o restaurante argentino "El Gaucho" tinha outras opções take away (para levar). Comprei Choripán com fritas (6,50 dólares) e uma empanada (1,25 dólares).
 


 
 
No dia de retorno, meu voo estava marcado para 12:11, portanto, pude tomar café da manhã com calma. Fiquei no terraço descansando. Por volta das 9:30 peguei minha bagagem e saí. Fui andando até o terminal de ônibus. Tive que perguntar sobre a linha de ônibus que passava no aeroporto e não estavam muito certo sobre o horário. Pedi para uma moradora me avisar quando chegasse. Dentro do ônibus pensei que não pararia no ponto do aeroporto, mas os moradores fizeram o sinal e disseram que pararia. Cheguei no aeroporto com 2,60 dólares.
 
Foi uma experiência que comprovou que é possível fazer uma viagem sem luxo para Aruba.

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