A Escola de Atenas
Afresco A Escola de Atenas, 1508-11. Museu do Vaticano |
A Escola de Atenas é uma das pinturas mais aclamadas de Rafael Sanzio (artista do pleno Renascimento, início do século XVI), pois reúne, em uma mesma imagem, ilustres pensadores que discutem as artes liberais - construindo uma abordagem interessante da arte sobre a filosofia.
O Renascimento foi a volta ao estudo da cultura clássica greco-romana. Período onde os artistas se libertavam do domínio da igreja, predominante durante toda a Idade média. Podiam, enfim, refletir seus desejos, fazer descobertas e examinar todos os aspectos da natureza e do mundo.
No centro da composição encontramos dois dos maiores filósofos de todos os tempos: Platão e Aristóteles. As obras mais ricas em experiência da vida social que exerceram forte influência sobre o mundo moderno foram dos referidos filósofos.
A filosofia grega é um dos alicerces do pensamento ocidental (também podemos falar no direito romano e na moralidade cristã). Os gregos queriam saber do que eram feitas as coisas, tanto que não tinham pudor em relação à natureza.
Aristóteles foi discípulo de Platão e depois fundou o Liceu, sua própria escola. Seu estilo é diferente de seu mestre, com uma linguagem mais pesada, pois seus textos são fragmentos e anotações de suas aulas. O filósofo também se envolveu na vida pública, mas não de modo tão intenso como Platão. Foi conselheiro de vários príncipes e educador de Alexandre, o grande.
Platão tem olhos voltados para o céu, Aristóteles olha para a terra e reabilita a experiência sensível. Eles representam duas concepções, duas ambições filosóficas e duas tendências ao espírito humano. Platão oferece um ideal insustentável, Aristóteles não tem outro objetivo senão observar a realidade sem preconceitos, mantendo-se a meio-termo do idealismo e do realismo.
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