Santo Domingo - a capital da República Dominicana

Embora meu destino inicial fosse Punta Cana, cheguei por Santo Domingo e me deparei com a máfia dos taxistas, pois não existe outra forma de sair do aeroporto, como contado no post anterior (existem vans ou "guaguas"). Paguei 40 dólares (um valor absurdo para um país que tem o salário mínimo inferior a 150 dólares) para chegar na empresa de ônibus que levaria até Punta Cana - a Expresso Bávaro.

A frota de automóveis na cidade é bem nova, praticamente todos os carros são de montadoras japonesas, todavia, não vi carro popular. Daí os táxis que circulam na cidade são muito velhos, com várias cores, partes de carros diferentes, amassados e enferrujados. Os táxis que saem do aeroporto são novos.


Quando Cristóvão Colombo chegou na América, em 1492, sabe onde ele aportou? Sim, em Santo Domingo, hoje capital da República Dominicana, em tese, é a cidade mais antiga das Américas, fundada em 1498, se desconsiderarmos os povos que já viviam por aqui, como Maias, Incas e Astecas.

Em Santo Domingo encontramos as construções mais antigas das Américas, como a primeira catedral, a primeira universidade, a primeira alfândega e o primeiro hospital. A cidade foi modelo para quase todos os urbanistas do Novo Mundo! Pelos motivos expostos, a cidade colonial é considerada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco.

Outra curiosidade é que na ilha de Hispaniola encontramos dois países, a República Dominicana (colonizada por espanhóis) e o Haiti (colonizado por franceses). O segundo inclusive é um dos países mais pobres do mundo, não possuem sequer saneamento básico ou luz elétrica.

No quarto dia na República Dominicana, acordei às 4:30 da manhã, pois tinha contratado um passeio de um dia em Santo Domingo, de onde sairia meu voo de volta ao Rio de Janeiro, e não poderia deixar de conhecer a primeira cidade das Américas. Contratei o passeio, ainda no Brasil, na Caribbean Dream. Paguei 86 dólares via Paypal. Até encontrei por 70 em alguns sites, mas precisava levar a mala (pequena) e foi a única empresa que me respondeu e disse que poderia. Recomendo o serviço, mas provavelmente encontrará passeios mais baratos nas areias da praia de Punta Cana. No hotel o preço era o mesmo.

Avaliei qual seria a melhor forma de conhecer a capital da República Dominicana e concluí que seria um tour. Não gosto de tour em grupo, mas a cidade é realmente insegura. A parte moderna é praticamente impossível para caminhar com segurança. São inúmeros meninos e homens abordando o tempo inteiro. Costumo viajar sozinha, mas não indico a cidade para solo traveler, pois é algo entre Bogotá e Salvador, na verdade, é pior. Escolha um tour ou um guia.

Exatamente às 6:30 horas a empresa Solcana Tour me buscou no lobby do hotel. Várias vans recolhem os passageiros e levam para um ônibus. No total, éramos 50 pessoas. É necessário avaliar bem para quem vai fazer um bate-volta, pois são 3 horas e meia de viagem. No entanto, obrigatoriamente tinha que voltar para Santo Domingo e uni o útil ao agradável.

A primeira parada foi na Basílica de Higüey, para conhecer a construção e para utilizarmos os banheiros. No caminho o guia foi contando a história do país, falando sobre os costumes e como vivem lá. O salário de um policial é de 175 dólares. Segundo ele, os funcionários públicos recebem os menores salários do país.

Depois houve uma parada numa loja de artesanatos. Turistas sofrem! Odeio essas paradas em lojas caríssimas. Os preços altíssimos. Os artesanatos feios em não vi nada realmente característico de lá. Parecia suvenir que a gente encontra em qualquer praia do Brasil.



Já em Santo Domingo, a primeira parada foi no Parque Nacional Los Tres Ojos. É uma caverna com três lagos de água doce. Tem uma coloração azul. Existe ainda uma balsa que leva no quarto lago, que fica numa parte interna da caverna, mas precisa ser agendado. O valor do ingresso, já incluso no passeio, era de 100 pesos. Tem dezenas de vendedores que abordam os turistas insistentemente. O guia do parque levou o grupo e no fim queria propina! Claro que não dei. Eles fazem pressão psicológica.





Na parte moderna da cidade, paramos na sede presidencial para tirarmos fotos. Depois era a hora do almoço. Seguimos para o restaurante "El conuco". Tinha uma decoração temática, com apresentação de dança típica e comida em sistema de self-service. O prato típico daquele país é "a bandeira", ou seja, arroz, feijão, salada e carne. Idêntico ao nosso. No restaurante tinha aipim frito, banana em calda, arroz, macarronese, filé de peixe, frango, salada, feijão. O guia contou que dominicanos gostam de carne, praticamente não comem peixe, embora estejam uma ilha.





Do lado de fora do restaurante tinha pelo menos umas 5 pessoas prontas para pegar dinheiro de turista. Se 50 pessoas são importunadas até o limite, imagine uma pessoa sozinha?

Depois do almoço, finalmente entramos na Zona Colonial. Ali dentro é um pouco mais seguro, no entanto, dezenas de pessoas tentando vender colares para os turistas. Por outro lado, tem polícia turística, e eles ficam o tempo inteiro de olho na movimentação. 


A escultura lembra que antes de Colombo não existiam alguns animais nas Américas

Visitamos o Museo Alcázar de Colón, que fica na Plaza de España. Foi construído por Diego Colón (filho de Colombo) no século XVI, entre 1511-1514. A construção está preservada e os ambientes possuem os móveis, decoração e louças da época. Tinha audioguia. O calor estava intenso. E todos suavam sem parar.







Seguimos para a Catedral de Santa María la Menor, a mais antiga das Américas. Foi construída entre 1521-1541. Atualmente a fachada está sendo reformada. A fachada é renascentista, mas o interior é no estilo gótico. A entrada principal fica na Praça de Colombo, onde encontramos uma estátua erguida em sua homenagem. A igreja tem audioguia e exige que os ombros e pernas estejam cobertas. Estava de short e me emprestaram um lenço para cobrir minhas pernas.






Colombo
 
Entramos em duas lojas com mais artesanatos e outros dois produtos típicos: rum e charutos. Finalmente eram lojas com preços em pesos, mas os valores exorbitantes. O vendedor me disse que dava até 40% de desconto. Não comprei absolutamente nada.

Pedi ao guia Sandro para conseguir um táxi, já que não queria pegar qualquer um na rua. No fim do tour, um rapaz me esperava. Pegou minha malinha e seguimos para o carro. Um carro comum, sem qualquer indicação que era táxi. Novamente paguei os absurdos 40 dólares (não me conformo). A volta foi tranquila.

Os taxistas me ensinaram sobre os estilos musicais. Na chegada na cidade o motorista colocou merengue. Na volta, o motorista disse que o melhor cantor é Romeo Santos, que canta um ritmo chamado bachata. Só essa música, "No tiene la culpa", ouvi umas 3 vezes.

Na chegada no aeroporto Las Américas, fui ao banheiro e tentei dar uma melhorada no visual. Estava completamente suada, horrível, fedorenta! Troquei de roupa e fui para o check-in. O preço do lanche no aeroporto também está em dólar!!! Paguei 11 dólares numa pizza brotinho com um refrigerante. Comprei rum, mamajuana (bebida afrodisíaca) e um tamborzinho para minha sobrinha.

No voo de volta, pela Gol, muitos brasileiros com inúmeras malas voltando de Miami e Orlando, ocupando muito espaço na aeronave. Serviram macarrão com frango. Estava até razoável.

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