Londres

A viagem para Londres não foi idealizada ou planejada. Comprei um apartamento que precisava de reformas e posterguei ao máximo a marcação das férias, mas, por força de lei, tive que agendá-las, pois eram compulsórias. Pensei que não conseguiria viajar, e, para dificultar mais a organização, estou cursando a 3ª graduação, logo, só poderia me ausentar após as provas. Para minha surpresa, a obra terminou alguns dias antes do início das férias e tive 3 dias para decidir o que fazer.

Entrei no site da antiga "Multiplus" (atual "Latam Pass"), pois tinha milhas, e fiz algumas simulações. Encontrei Londres por 60.000 milhas (ida e volta). Foi necessário comprar 1.000 milhas para completar, mas compensou, apesar da taxa de embarque absurda que é cobrada. Tendo em vista que não tinha muitas opções de retorno, bem como estava com pouca grana, ficaria apenas 6 dias, mas que seria o suficiente para conhecer os locais mais turísticos.

Londres nunca figurou nos meus roteiros para Europa, pois vários amigos me relataram situações constrangedoras com a imigração e aquelas histórias me deixaram desanimada. Por outro lado, anseio conhecer os museus mais famosos do mundo e alguns estão naquela cidade. 

Sempre faço um roteiro pormenorizado, desde como sair do aeroporto até as atrações que posso me interessar, mas, pela primeira vez, não tive tempo hábil pra me organizar. Peguei um caderninho de anotações e listei os museus que visitaria. Passei na casa de câmbio do shopping e comprei 500 libras, que estava com a seguinte cotação:1 libra = R$5.70.
Libra (pounds), a moeda do Reino Unido
Tenho verdadeiro pavor de frio e, sem saber o que encontraria, passei na Decathlon para comprar um casaco impermeável e uma roupa térmica. Queria viajar com uma bagagem de cabine, mas não me contive e levei a mala M.

Escolhi um hotel no bairro de Paddington, quase na frente do St. Mary´s HospitalBelvedere Hotel, e, como tinha 3 diárias no programa hoteis.com rewards (a cada 10 diárias ganha 1 grátis), consegui abater quase R$900,00, restando o valor de R$950,00 pelas diárias. O hotel era bem simples, mas o quarto era individual, com banheiro renovado, tinha um bom aquecimento, tv, chaleira (deixavam sachês de chá e café), wi-fi, café da manhã inglês e excelente localização. O único problema é a proximidade com o túnel do metrô, pois o quarto (era subterrâneo) vibrava quando passava cada composição.

 

Como de costume, os voos da Latam fazem conexão em Guarulhos, logo, passei as três horas na Sala Vip Mastercard Black, que oferece bebidas e comidinhas, amenizando a chateação da espera.


PRIMEIRO DIA


O avião aterrissou às 13:15, mas esperei quase 2 horas na fila da imigração. Quando chegou a minha vez, o agente foi bem cordial, perguntou onde me hospedaria, o que faria, se era a primeira vez no país, se iria para outro lugar depois e se conhecia alguém lá. Levou uns 10 minutos, mas em nenhum momento quis ver documentos, passagem ou dinheiro. Achei bem criterioso, muito mais que EUA ou Madri (o temido Aeroporto Barajas).

Vi que tinha três opções para sair do aeroporto de Heathrow com destino ao hotel. A forma mais rápida é o Trem Heathrow Express, que tem ponto final em Paddington e faz o percurso em 15 minutos, mas custava 25 libras, com antecedência pode custar apenas 5. A segunda opção, que achei que pegaria, é o Trem TLF Rail, que também tem ponto final em Paddington, mas leva cerca de 30 minutos e custava 10,20 libras. Só que no balcão no "Oyster card", que fica no metrô, a atendente me convenceu que seria mais barato ir de metrô (underground), pois a passagem estava incluída no cartão de transporte.
Comprei o Oyster card no visitor centre que fica na entrada do metrô dentro do aeroporto
Adquiri o cartão travelcard semanal (7 dias) no visitor centre que fica no terminal 2 e 3 e funciona de 8h às 19h30. Pode ser adquirido nas máquinas. O cartão do "Oyster card" custou 5 libras (que pode ser reembolsado) e o crédito para as zonas 1 e 2 (onde estão quase todos os pontos turísticos) custou  49 libras + 5,10 libras para ir e vir do aeroporto Heathrow, que fica na zona 6. O cartão é passado no sensor na entrada e na saída das estações.
A linha que sai do aeroporto é a Piccadilly (azul). O agente me disse para descer na estação Earls´s Court para fazer baldeação para a District (verde). Peguei a mala, subi a escada, mas não entendi direito como funcionava, pois passavam duas linhas verdes! Vi uma moradora local e perguntei qual iria para Paddington, ela disse que teria que pegar (óbvio) com sentido a Edgware Road, mas me mostrou onde via qual trem estava se aproximando.

Reuni minhas forças para parar na loja WHSmith, ainda dentro da estação, e comprar um lanche intitulado "meal deal" por 3,45 libras, composto por um suco, um sanduíche e uma batata frita. Tinha lido que os melhores poderiam ser comprados no mercado Tesco ou na farmácia Boots, que nos dias seguintes conheci. Sempre é uma bebida + uma comida ou sanduíche + batata ou chocolate e o preço pode variar, geralmente de acordo com a comida (a refeição tem o preço grifado).
Meal deal
Para meu espanto, quando saí da estação já estava escuro, às 16 horas! Uma das invenções mais incríveis é o "google street view', pois me permite ver o caminho que vou fazer (antes de viajar), sem precisar pegar celular ou mapa, até o hotel. Em 5 minutos estava fazendo o check-in.

Assim que entrei no quarto fui tomar banho já pensando na programação do dia - não gosto de chegar num local que já escureceu. Resolvi ir até a Piccadilly Circus dar uma olhada na decoração de Natal, ver primeiros ônibus de dois andares e as cabines telefônicas vermelhas. O lugar é um ponto turístico, pois tinha muitas pessoas fotografando.






Em seguida, peguei o metrô para visitar o "Winter Wonderland", que tinha inaugurado naquele dia. É um misto de feira de Natal com parque de diversões que anualmente é instalado no Hyde Park. Tem entrada gratuita, além de contar com uma grande estrutura, com banheiros, lojas, lanchonetes.
O evento tinha várias entradas, procurei a mais próxima do metrô que desci e segui o fluxo. As bolsas são revistadas, logo após, passei pelas inúmeras lojas de madeira com itens natalinos, depois inúmeras lojas de comida de todos os tipos. Fiquei lá por mais de 4 horas.Teve desfile de Papai Noel, apresentação de dança.

Antes de ir embora, comprei um brat wrust + uma sidra de pera (5 libras cada item) e sentei para me alimentar. O copo era enorme e saí cambaleante, mas antes parei para ver a patinação no gelo, que tinha muitos espectadores. Ainda visitei a lojinha oficial e comprei umas lembrancinhas pra minha sobrinha. Queria ter voltado todas as noites, mas não consegui.


SEGUNDO DIA
 
No dia seguinte, acordei e tomei o café inglês que não era muito bom, pois o feijão era enlatado, mas tinha ovo, presunto (que parece uma fatia de carne), suco e café. A - nada simpática - garçonete perguntou se queria outra opção, perguntei qual era, mas respondeu que não tinha outra opção! Admito que tomar aquele café por uma semana não é tão agradável.
English breakfast (socorro!)
Na frente do hotel tem o "Norfolk Square Garden", um jardim com bancos, flores e esquilos. Peguei o metrô até a Oxford Street, que também já estava decorada para o Natal. 


Tendo em vista que meu objetivo era visitar museus, Londres me surpreendeu, pois todos têm entrada gratuitas. E na maioria deles não há um esquema enlouquecido de segurança, podendo entrar com a bolsa, não precisando passar por raio-X. Vi alguns disponibilizando bancos portáteis para os idosos ou material de desenho para crianças. Os mapas dos museus possuem um preço sugerido de 1 libra. Nas sextas-feiras ficam abertos até 22 horas.

O primeiro museu do dia (visitei 4 naquela sexta-feira) foi o imponente "The Britsh Museum" (https://www.britishmuseum.org/), que foi inaugurado em 1753! Encontrei uma grande coleção de peças egípcias, assírias, gregas, arte das Américas, China, etc. Entre as peças com maior importância histórica está a "Pedra de Roseta", que é uma estela egípcia que proporcionou o estudo sobre os hieróglifos.


No caminho pro museu seguinte, passei na frente da Primark. Confesso que raramente entro em lojas quando viajo, mas como era "black friday", fiquei curiosa. A loja não fazia promoção, mas tudo era bem barato, apesar do valor da libra. Fiquei com ódio de ter  comprado roupa térmica no Brasil.
Passei pela Trafalgar Square para chegar na The National Gallery (https://www.nationalgallery.org.uk/), que apresenta inúmeras obras de arte europeia. Pinturas de Van Gogh, Veermer, Tiziano, da Vinci, entre outros. Embora estivesse cheio, em nada se parece com os museus superlotados de Paris ou Florença, por exemplo.

 

Estava roxa de fome e não tive tempo de procurar um lugar pra almoçar, então, entrei no primeiro Burguer King que encontrei. Por isso odeio comer no desespero, pois vou escolher fast food. Passei numa feira de Natal da Leicester Square para apreciar a decoração.

Em seguida, caminhei até a The National Portrait Gallery (https://www.npg.org.uk/). Fundada em 1859 com o objetivo de "promover, por meio de retratos, a apreciação e compreensão dos homens e mulheres que fizeram e estão fazendo história e cultura britânicas, e ... promover a apreciação e compreensão do retrato em todas as mídias".
 
Sem perder o fôlego, segui para o "V&A museum" (https://www.vam.ac.uk/) e sequer vi a fachada do edifício, pois caminhei por um túnel, após sair do metrô, que me levou pra dentro do museu, que estava praticamente vazio. O V& A é o principal museu de arte e design do mundo, abrigando uma coleção permanente de mais de 2,3 milhões de objetos que abrangem mais de 5.000 anos de criatividade humana. O Museu possui muitas das coleções nacionais do Reino Unido e abriga alguns dos maiores acervos para o estudo de arquitetura, móveis, moda, têxteis, fotografia, escultura, pintura, joias, vidro, cerâmica, artes do livro, arte e design asiáticos e teatro.




Na saída, passei na pista da patinação montada na frente do Museu de História Natural (não consegui visitar o museu) e logo voltei ao hotel, pois estava exausta. E, pra minha surpresa, meu tornozelo direito estava muito inchado e vermelho. Só fui no hospital no retorno ao Rio, pois queria descartar a hipótese de trombose.


TERCEIRO DIA

No meu terceiro dia, vi que tinha chovido, mas o tempo estava melhor (apesar do frio, não peguei chuva em Londres num mês de novembro) e segui para o Portobello Market, localizado no bairro de Notting Hill. Nem precisei ver o mapa, pois, como a feira só ocorre nos sábados, tinha uma multidão caminhando no mesmo sentido. A feira tem muitas barracas de antiquário, mas também tem comidas e flores. Ali na Portobello road fica a livraria que aparece no filme "Um lugar chamado Notting Hill" e tem umas casas coloridas que se tornaram ponto turístico.

 

A livraria do filme "Um lugar chamado Notting Hill"



Segui para Camdem Town, que é o bairro mais descolado da capital Inglesa. É um lugar incrível! Assim que saí da estação homônima, encontrei as lojas temáticas com decoração exótica, que chama atenção de qualquer pedestre. A rua principal tem muitas lojas de suvenir com o melhor preço da cidade. Comprei um chaveiro por 1 libra, por exemplo.

Assim que cheguei no bairro, procurei a estátua de bronze da Amy Winehouse, que foi instalada em 2014 no Stables Market. Fiquei alguns minutos vendo as lojas e pedi para uma menina tirar a minha foto. A cantora, falecida em 2011, morou em Camdem.



No Camden Market tem uma centena de barracas, mas com comidas estrangeiras (tailandesa, chinesa, venezuelana, mexicana...). Queria finalmente comer o famoso prato inglês "fish and chips" (peixe com batata) e foi difícil encontrar, pois acredito que o público seja local, que procura culinária diferente. 

Voltei para o que parecia ser outro mercado, só de comidas, com lojinhas fixas, e encontrei um ótimo restaurante de "fish and chips". Uma caixa enorme custou 8,90 libras e paguei 2,40 no suco de laranja. Depois procurei uma mesa comunitária para almoçar.

São diversos pubs, restaurantes, lojas, boates, que me fez acreditar que é o lugar mais interessante de Londres. Imperdível.



Fish & Chips
 
A loja de roupas "Cyberdog" fica lotada, decorada com luzes neon, DJ tocando um som altíssimo. Não entrei, mas deu pra sentir que as pessoas adoram o lugar.

Sem me deixar abater pelo cansaço, peguei o metrô e desci nas proximidades do Parlamento, onde fica o "Big Ben", que está em obras. Caminhei até a Abadia de Westminster, depois caminhei pela Victoria Tower Gardens e ventava muito. Segui até o ponto onde param as balsas para fotografar a "London eye" (achei muito caro para andar num dia tão nublado). 



O dia ainda não tinha terminado: saí da região da London Eye e - na minha cabeça - ia pro Tate Britain, quando vi que andei muito: estava na Tate Modern! Não usei mapa, fui instintivamente para todos os lugares, usando apenas as placas (a cidade é ótima nesse sentido). E meu celular estava sem internet. Entrei pelo prédio novo. Tinha inúmeras obras de arte moderna e contemporânea. De Warhol a Cildo Meireles. É o tipo de museu que gostaria de voltar inúmeras vezes.


Tinha um banquinho na frente da "Fonte" do Duchamp e fiquei apreciando as reações de um dos trabalhos mais importantes da História da Arte!


Antes de seguir para o hotel, procurei na estação Paddington a escultura do urso e o banco em homenagem ao personagem homônimo, para tirar foto e mandar para minha sobrinha, que ama a animação.


QUARTO DIA

No domingo, andei bastante para chegar no Kensington Palace (residência real localizada em Kensington garden, onde vive o Príncipe William e família), mas não entrei, em seguida, decidi algo que não tinha imaginado: fui ver a troca de guarda no Buckingham Palace (residência da Rainha Elizabeth). Fiquei em pé uma hora e as ruas estavam lotadas. A polícia tenta organizar até que os portões se abrem e a guarda sai tocando seus instrumentos.

Kensington Palace

Aproveitei para explorar o Hyde Park, que é imenso, observei algumas esculturas, como a do Peter Pan. Meu objetivo era visitar a Serpentine Galleries. Andei uns 30 minutos e achei muito aquém das minhas expectativas - jamais voltaria.


Serpentine Galleries


Naquele dia conheci o Convent Garden Market. A região estava lotada. Não dava pra andar. É um mercado com restaurantes, muitas lojas de luxo na proximidade. Acabei almoçando um "meal deal" sentada na praça.

 
Adoro lugares coloridos, então, segui para o Neal's Yard, que é um lugar bem pequeno, com algumas lojas. Na hora passou um grupo de Hare Krishna e animou os turistas.
Nunca tinha participado de um "Free Walk Tour" (tour grátis), que não é gratuito, na verdade, pois, no fim, o guia pede uma contribuição. No hall do hotel tinha pego um cartão sobre um assunto que amo: Street Art. A empresa era a Strawberry Tours (https://strawberrytours.com/). O tour ocorre 2 vezes ao dia, todos os dias, e tem uma duração de 2 horas.

Corri e cheguei poucos minutos antes do início. Dividiram as pessoas em dois grupos, um guiado em inglês e outro em espanhol. O grupo guiado em inglês era bem numeroso, portanto, optei pelo espanhol, que tinha um total de 5 pessoas. O guia foi um simpático venezuelano Miguel. Eles oferecem outros passeios temáticos, como do Harry Potter, Jack - the ripper (Jack, o estripador - famoso "serial killer" da periferia londrina), Ghost Tour.


Todas as placas antigas estão em bengali
Passamos por inúmeros murais e graffitis em Brick Lane, no bairro de Tower Hamlets, que é um região mais pobre de Londres, creio que 90% dos moradores são estrangeiros. A maioria de Bangladesh. Encontrei restaurantes de comidas asiáticas e o cheiro de curry estava no ar. É interessante observar as inúmeras placas em bengali. Vi supermercado com produtos indianos. Foi algo bem inusitado e alternativo, pois nunca  tinha visto sequer uma postagem sobre essa região. Muitos artistas conhecidos do "graffiti" deixaram seus trabalhos por lá: Zabou, Roa, Solo, Mr. Cenz, Jim Vision, Space Invader, Vhils. Me encantei e gostaria muito de voltar para poder conhecer os mercados (Brick Lane Market).
Pink car
A cereja do bolo é o "Pink car" de autoria de Banksy. Cheguei a pesquisar um tour em Bristol, terra do artista, mas fica um pouco distante e perderia um dia.  


 
Uma informação interessante dada pelo guia, que desconhecia, é que London City é uma espécie de Vaticano, que tem suas próprias regras. E se prestar atenção tem umas demarcações pela cidade, pintada em vermelho e branco com um dragão.

No fim, perguntei à turista argentina se ela tinha ideia do valor médio da gorjeta. Disse que daria 10 libras (60 reais). Dei o mesmo, ainda mais que havia apenas 5 pessoas no grupo, enquanto o outro contava umas 30 pessoas. Fui embora pro metrô com Miguel, que chegou a Londres dois anos antes. Disse que faz três tours diariamente, mas tem que dar um percentual para a empresa, e folga apenas uma vez por mês para poder arrumar a casa.

Cheguei no hotel morta, mas criei coragem para caminhar até o supermercado Tesco que ficava próximo. Comprei chocolate, sidra, pão, salame, frutas. Já tinha visto na farmácia que as pessoas não iam ao caixa, pagavam na máquina, mas a ideia me arrepiava. Lá não tinha um caixa com uma pessoa para efetuar o pagamento, apenas a máquina. Disse pro segurança que nunca tinha realizado essa operação e ele me respondeu "todo mundo consegue". Primeiro pus a cesta para pesar, depois passei item por item no leitor de código de barras, apareceu o valor e inseri a nota (aceitava cartão também). A máquina me deu as moedas e fui embora. Ufa. Hoje em dia já tem mercado assim no Brasil, mais precisamente no "Zona Sul", no Rio de Janeiro, no entanto, prefiro passar no caixa.


QUINTO DIA

Fiz muitos amigos na antiga rede social "Orkut", principalmente numa comunidade da Madonna. Um desses amigos, que conheci "online" há 15 anos, me mandou mensagem pelo Instagram ao ver que estava em Londres. Disse que se disponibilizava a me levar em qualquer lugar nas redondezas, de carro. Disse que, como era minha primeira vez na cidade, preferia perambular pelo centro mesmo.
 
Combinei com César às 10h na frente do Tate Britain (https/www.tate.org.uk/visit/tate-britain). Por sorte, tinha wi-fi nas proximidades do museu, pois me mandou mensagem informando que tinha se atrasado e chegaria às 11h. Disse que o aguardaria lá dentro. Fiquei surpresa que estava praticamente vazio. O Tate tem uma coleção de arte britânica, de 1.500 até os dias atuais, inclusive, muitas obras de Arte Moderna e Contemporânea. 
Henry Moore


William Turner

Adorei as salas do escultor Henry Moore, do pintor William Turner e  ver o famoso quadro da Pop Art intitulado "A Bigger Splash", do David Hockney. Quando já tinha visto boa parte da coleção, recebi uma mensagem que meu amigo tinha chegado. Caminhamos por mais algumas salas e fomos em direção ao destino seguinte.
David Hockney

Passamos pela coluna "The monument" (https://www.themonument.info/visitor-information.html), onde é possível entrar e subir 311 degraus e ter uma vista de 360º da cidade. Foi construído entre 1671 e 1677 em memória ao Grande Incêndio de Londres e para comemorar a reconstrução da cidade.
Seguimos em direção ao Rio Tâmisa para visitar a Tower Bridge, no caminho avistamos o prédio mais alto de Londres, The Shard, que é um arranha-céu de 95 andares. Também apareceu na paisagem o The Gherkin, que é conhecido como "pepino em conserva".



A Tower Bridge é uma ponte sobre o Rio Tâmisa e se tornou um dos pontos turísticos mais fotografados de Londres. Foi construída em 1894 e fica ao lado da "Tower of London", um castelo que já foi residência real, mas hoje em dia guarda as Joias da Coroa Britânica.
Tower of London

Tower Bridge
César e eu

 

Fomos caminhando até o mercado mais antigo e famoso de Londres: Borough Market (https://boroughmarket.org.uk/). Consta que atende ao público há mais de 1.000 anos, sendo fonte de produtos de muita qualidade, já que os donos das barracas vendem apenas a produção própria. Experimentei queijos maravilhosos por lá! Muitas cores e sabores. No fim, eu e César almoçamos um "fish & chips" no "Fish!kitchen", dessa vez optei pelo hadoque, já que no dia anterior fui de "codfish" (bacalhau). Tivemos sorte em conseguir um lugar no banco comunitário, pois é bem disputado.


Ali perto fica o Shakeapeare's Globe (https://www.shakespearesglobe.com/): teatro elisabetano que é uma réplica da época de Shakespeare. Foi construído em 1599 originalmente. O edifício atual é uma aproximação do que havia na época. Só apresentam peças shakespearianas.

Passamos pela St. Paul´s Cathedral (http://www.stpauls.co.uk/). A catedral anglicana foi construída em 1677 e é lembrada por ter celebrado o casamento de Lady Di com o Príncipe Charles. Tendo em vista que cobra ingresso, não visitei.

Visitei ainda o Sky Garden (https://skygarden.london/booking/), que foi uma verdadeira dica local do César. No topo do edifício a vista da cidade é melhor que na London Eye e grátis. É um jardim com vista de 360º da cidade. Assim que chegamos falaram que precisa de reserva pra entrar. Meu amigo tentou fazer pelo celular na hora, mas informaram que a partir de determinado horário podia subir sem reserva.
 






Caminhamos por Chinatown, que fica localizado no Soho. Na época que postei uma foto, um amigo comentou que eu estava na Wardour Street, onde nasceu a banda Led Zepellin. As ruas e lojas são completamente decoradas com temas orientais, de lanternas a dragões. 


Em Soho passamos por diversas boates gays e César me levou até a boate G-A-Y, onde Madonna fez um pocket show há alguns anos. Estava vazia, talvez pelo horário. Não tinha DJ, apenas som de Jukebox. 

Para finalizar o dia, César me convidou para tomar vinho num bar que costuma ir: The Yard Bar. O bartender era brasileiro. Tomamos dois copos cada, conversamos e aproveitamos o ambiente, depois nos despedimos, pois já passava das 18 horas. Fiquei feliz em conhecer um amigo virtual que me doou um dia para me mostrar um pouco da cidade, me proporcionando um dia inesquecível! Algo que não esperava em Londres.


Antes de voltar para o apartamento, ainda passei na "M&M World" - consta que essa é a maior loja de doces do mundo. Não sei se são 5 ou 6 andares, pois o vinho não me permitiu contar. Embora não coma chocolate, a loja é bem divertida, pois tem cenários e personagens. Comprei uma pelúcia e uma toalha para minha sobrinha.

Na saída da loja ainda vi um tumulto e ouvi gritaria na Leicester Square (rua dos cinemas e teatros) e era Jason Momoa e outros atores na estreia de "Aquaman".




SEXTO DIA

No meu último dia, saí cedo para dar uma volta antes da hora do ckeck-out, descobri que o hotel só ficava com a bagagem sem custo até às 14h, depois cobrava 5 libras. Meu voo de volta sairia às 20h, logo, tinha a pretensão de deixar o hotel às 16h, mas acabei deixando a hospedagem às 14h, pois começou a chover.

Primeiro fui no Leake Street Tunnel, conhecido como túnel do grafite. Fica bem atrás da London Eye. Não foi tão fácil achar porque fica num local meio abandonado. Tinha grafiteiros lá na hora que fui. É totalmente underground.






Quis conhecer a Hamleys, que é a maior loja de brinquedos do mundo. Será exagero? Andei por todos os andares, ganhei várias jujubas. Comprei um brinquedo para minha sobrinha.


Minha única frustração foi ter encontrado a Saatchi Gallery fechada, pois a próxima exposição só abriria em dezembro. Comprei um "meal deal" e comi no banco do jardim do museu. Começou a chover e decidi voltar pro hotel.

Peguei minha bagagem e segui até o metrô em direção ao aeroporto. Aproveitei que cheguei muito antes do embarque para aproveitar a sala Vip "Club Aspire Lounge", que tinha a melhor comida que já provei nessas salas.

Londres era a cidade na Europa que nunca desejei visitar e foi a que mais me surpreendeu. Não é bonita, mas me senti segura, achei funcional (não precisei de mapa), os museus são surpreendentes e grátis. Faltou conhecer muita coisa. O lado negativo é que é cinzenta e fria. Embora a Libra seja muito valorizada diante do Real, gastei muito pouco. Depois de comprar o Oyster card, só gastei com comida e presentes para minha sobrinha, pois só fui em atração free. Em qualquer outra cidade costumo gastar um valor considerável com museus.


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