Paris, 2ª parte
No meu 2º dia em Paris, acordei cedo e fui para o térreo, onde era servido o café da manhã, que custava 7 euros. Tinha uma máquina de suco de laranja (podia repetir), café, dois Croissants, geleia, manteiga e nutella (odeio chocolate). Comer em Paris nunca é barato.
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Escultura de Rodin |
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Place de la Concorde |
Após o desjejum, segui para o Musée Rodin, que fica situado no 7º arrondissement (que é uma divisão administrativa de Paris, composta por 20 arrondissements). No caminho, estava em dúvida se seguia no sentido correto e perguntei, em inglês, para um homem que caminhava na rua. Existe a "lenda" que franceses odeiam perguntas em inglês, mas respondeu de forma cordial.
Cheguei na hora que o museu estava abrindo e não tinha fila. Utilizei o "Paris Museum Pass". Os jardins do museu são belíssimos e foi cenário do filme "Meia noite em Paris". A escultura mais famosa de Rodin, O pensador, está no meio de um labirinto de árvores. A título de curiosidade, existe uma escultura de bronze idêntica no Museo Soumaya, na Cidade do México, e, segundo o dono do espaço cultural, também original.

O lugar é lindo e merece uma visita! Uma das obras mais interessantes é a "Porta do inferno", obra inspirada na "Divina comédia", de Dante. Se olharmos todos os detalhes, veremos que o pensador surgiu naquela escultura, em pequeno formato.
Em razão da proximidade, segui para o Musée d´Orsay, que é um dos museus mais lindos que já visitei. Ideal para quem é apaixonado pelo Impressionismo. São inúmeros trabalhos de Degas, Monet, Sisley. Lá tive o prazer de apreciar, pela primeira vez, os trabalhos das duas reconhecidas artistas (mulheres) impressionistas: Berthe Morisot e Mary Cassatt.
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A fila estava imensa, mas quem tem o "Paris Museum Pass" tem entrada prioritária. |
O museu foi construído numa antiga estação ferroviária nas margens do Rio Sena. Salvo engano, são 5 andares com exposições, sendo que os dois primeiros pavimentos possuem as principais obras. Lembro-me de ter visto um andar inteiro com móveis de Art nouveau. Durante a minha visita, tinha uma exposição temporária sobre o Degas. No último andar podemos apreciar o famoso relógio que aparece no filme A Invenção de Hugo Cabret.
Já por volta das 16 horas, estava faminta e tinha que procurar um lugar para almoçar. Segui caminhando pelo Jardin des Tuileries. Encontrei um restaurante no próprio jardim e num quase-desmaio solicitei um plat du jour, que era peixe com ervas e arroz. Estava delicioso. Custou 17 euros com o refrigerante. O jardim é lindo e aproveitei para apreciar as inúmeras esculturas públicas espalhadas pelo local.
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Flowers that Bloom at Midnight, Yayoi Kusama |
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Le Bel Costumé (1973), Jean Dubuffet |
No jardim podemos encontrar inúmeras cadeiras para os visitantes. Muitas pessoas frequentavam o lugar naquele dia. Conversavam, liam ou simplesmente contemplavam a paisagem. Depois de me recuperar, decidi visitar o Musée de l'Orangerie, que tem os grandes painéis do Claude Monet, intitulados Nymphéas, 1920-26. Por sorte, também não precisei entrar na fila, em razão do passe. Praticamente ao lado tem outro museu - de arte contemporânea -, Jeu de Paume. Outros dois museus que não consegui visitar nos cinco dias de turismo também estavam próximos: Grand Palais e Petit Palais.
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Musée de l'Orangerie |
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Nymphéas. Imagem da Wikipedia, pois, na época, não podia fotografar no interior do museu. |
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Hôtel de Ville, sede da prefeitura, no caminho para o Centre Pompidou |
Não saberia dizer como reuni energia para ver mais um museu naquele dia: Centre Pompidou, que, na minha opinião, é o melhor museu de arte moderna do mundo. No caminho, vi uma loja chamada "Lucky Records" - que só vendia itens da Madonna (nas duas vezes que passei por ali estava fechada). Circundei entorno colorido (com grafittis e esculturas), depois caminhei até a grande escultura do Alexander Calder e observei a interessante arquitetura do museu.
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Móbile do Calder |
Olhei para o relógio e percebi que só teria 1 hora no interior do museu, então deixei para ver a mostra temporária do Matisse em outro dia. Segui para apreciar as obras e fui acometida por algo similar à Síndrome de Stendhal ao ver as obras do Yves Klein. Parece exagero, mas fiquei completamente tonta e com batimentos acelerados. Praticamente não fotografei no interior do museu, pois estava realmente emocionada.
Duchamp |
Duchamp |
Andei um pouco para conhecer o Marais e depois comi um sanduíche de atum, para me reenergizar. Andei até o hotel (1,8 km) e quando deitei na cama senti que estava acabada.
umé de face - Jean Dubuffet
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Caminho do Centre Pompidou até o hotel. |
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